A taxa Selic teve uma queda e com isso, foi registrado um novo piso histórico. Se contar os juros básicos da economia, que corresponde a, pelo menos, 5,0% ano ano, as aplicações conservadoras (como a caderneta de poupança e partes significativas dos fundos DI) saem perdendo, caso considere a inflação que foi projetada para os próximos 12 meses.
A novidade é que a partir de agora, o cliente que depositar na caderneta de poupança, corre o risco de sacar um valor menor. De acordo com o último relatório Focus, do Banco Central, essa diferença de valores deve ser corroída pela inflação. Isso corresponderá a uma taxa de aproximadamente 3,54%.
A poupança é o destino de oito em cada dez investidores brasileiros. Porém, com o corte de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros, o rendimento cai de 3,85% para 4,43%, o que corresponde a 11% menos ao projetado no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A situação é semelhante ao que acontece com os fundos de renda fixa. Hoje, existem cerca de 3.161 fundos existentes dessa modalidade. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), 41,16% destes cobram pelo menos 0,50% ao ano.
Essa situação pode piorar, principalmente se levar em conta que a Selic vai continuar caindo. Dessa forma, os investidores deverão garimpar fundos mais em conta. Especialistas acreditam que esse é um novo momento no cenário de investimentos.
É importante destacar que com as quedas na Selic, dificilmente o retorno para aplicações conservadoras passarão de 0,50% ao ano.
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