Foi-se o tempo em que o currículo era a peça-chave para a contratação (ou não) de um candidato num processo seletivo. O mesmo vale para o diploma de curso superior. Isso porque algumas empresas brasileiras andam dispensado a obrigatoriedade do documento, ou seja, da formação universitária na hora de contratar.
A exemplo, podemos citar a Movile, proprietária de marcas como o IFood, o Nubank, fintech especialista em serviços financeiros e a ThougthWorks, consultoria global em tecnologia. O que elas têm em comum? Todas são startups, ou seja, empresas emergentes que buscam aprimorar ou desenvolver um modelo de negócio, em sua maioria inovadores.
Segundo Luciana Caletti, Ceo da Love Mondays – site de recrutamento e oferta de emprego – esse modelo empresarial é motivado pela busca da diversidade. Para ela, a seleção de pessoas com perfis e formações diferentes acabam gerando mais valor à marca. Uma das coisas que impedem o recrutamento de candidatos de gêneros, orientações, experiências de vida e conhecimento diferentes é justamente utilizar o diploma como parâmetro para as contratações.
Conheça as empresas
Veja abaixo quais os nomes e as funções de algumas empresas que já deixaram de exigir a apresentação de diploma durante seus processos seletivos:
- Nubank – dispensa apresentação de diploma para áreas como engenharia de software, analista de negócios e analista de cliente;
- Movile – dispensa a análise de diploma para praticamente todas as posições;
- Quero Educação – não exige diploma para as áreas de planejamento comercial, guida do aluno, vendedor, auxiliar de serviços gerais, designer de produto, assistente executivo e mais.
- ThoughtWorks – para boa parte das vagas, não é cobrada a apresentação de diploma, como para as funções de analista de qualidade, analista de negócios, desenvolvedor de software, analista de qualidade, entre outras.
- Creditas – dispensável diploma para todas as posições;
- Loggi – não exige ensino superior para os cargos de analista de logística e de auxiliar;
- e-Core – dispensa diploma para vagas voltadas para a tecnologia, como desenvolvedor de software, consultoria, suporte a aplicações, analista de RH, engenheiro de suporte, etc.
Conhecimento: a chave para o sucesso
“Talento não é só um certificado”, diz a diretora de RH Movile, Luciana Carvalho. Segundo ela, a graduação é importante para o enriquecimento e especialização numa determinada área ou domínio do conhecimento. Contudo, são pouco os cursos que preparam os candidatos para o que de fato as empresas buscam ou precisam atualmente.
No caso do Nubank, durante a seleção de novos funcionários, o departamento de recursos humanos da startup busca avaliar as experiências do candidato e sua capacidade em transmitir o que aprendeu durante as entrevistas. De acordo com Silvia Kihara, responsável pelo setor de contratação da marca, currículos muito extensos acabam sendo reprovados durante as seleções, pois acabam não priorizando o que o candidato tem de melhor.
Os métodos de avaliação pela empresa consistem na realização de exercícios práticos e que envolvam diversas situações. Por exemplo, um candidato a desenvolvedor de software precisa responder a um exercício de código, enquanto um gerente de produto tem de criar soluções e propor estratégias para problemas operacionais.
Cursos de qualificação
Apesar do cenário promissor e menos burocrático, é essencial que os candidatos se preparem para o mercado de trabalho. Uma ótima opção são os cursos de qualificação e capacitação. De curta duração e bastante enriquecedores, os profissionais podem desenvolver habilidades até então desconhecidas e utilizá-las em processos seletivos.
Sites como o Escola Educação, por exemplo, funcionam como excelentes plataformas de aprendizado para as mais diversas áreas. E o melhor, com emissão de certificado grátis, sendo cobrado apenas o frete de envio. Prepare-se para as oportunidades e boa sorte!
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