Nesta sexta-feira, 13, para combater os efeitos da pandemia do coronavírus na economia brasileira em até 48 horas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que pretende anunciar novas medidas. Dentre elas está a possibilidade novas de liberações de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
A declaração do ministro foi dada antes de uma reunião com os presidentes da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e do Banco do Brasil (BB), Rubem Novaes. Neste mês, o ministro lembrou que entram em vigor a liberação de R$ 135 bilhões de depósitos compulsórios (recursos que são mantidos no Banco Central e os bancos não podem utilizá-los para fazer empréstimos) ao mercado financeiro.
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Guimarães, presidente da Caixa afirmou que o banco pode aumentar a oferta de crédito em R$ 75 bilhões, por meio de três linhas: compra de carteira de pequenos e médios bancos (R$ 30 bilhões), capital de giro ao setor imobiliário, e a pequenas e médias empresas (mais R$ 40 bilhões) e outros R$ 5 bilhões para o crédito agrícola.
“A Caixa tem amplo espaço para emprestar. Os R$ 75 bilhões são apenas 10% da nossa carteira de crédito e nós faremos isso matematicamente. Estamos tranquilos e preparados”, disse Guimarães em entrevista para o G1 Notícias.
Já Rubem Novaes, presidente do BB, disse que o banco está atuando para suprir a demanda adicional por capital de giro das empresas neste momento de dificuldade em razão da pandemia de coronavírus, porém não deu uma estimativa exata de quando poderá ofertar a mais em crédito.
Segundo Novaes em declaração, “Temos adotado uma atitude proativa de procurar nossos clientes quando se configura que determinado setor está em uma crise mais acentuada. Com esse reforço de liquidez que o BC está nos dando [com a liberação de compulsório], vai ser mais fácil atender as pequenas e medias empresas do país. Temos nossas linhas normais. O quanto vamos oferecer a mais vai depender da demanda”.
Já sobre as possibilidades de novas liberações do FGTS, Guedes afirmou ao G1: “estamos examinando isso tudo”. Em outro momento da entrevista, interpelado novamente sobre o tema, afirmou que o governo está “pensando em tudo”. Entretanto, não deu mais detalhes sobre o assunto.
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