Criado para ajudar financeiramente empreendedores das periferias brasileiras, o Fundo de Emergências Econômicas anunciou que já atingiu, em menos de um mês, 80% da sua meta de captação, definida inicialmente em R$ 1 milhão. A partir de agora, terão inícios os repasses da primeira rodada aos beneficiários.
O foco está no atendimento ao setor de empreendedorismo negro no Brasil que, atualmente, é responsável por mais da metade dos pequenos negócios. De acordo com dados do Preta Hub, o país tem cerca de 14 milhões de empreendedores autodeclarados negros e negras. Desse número, 29% na situação de empregadores.
Ajuda imediata
Com base no levantamento feito pelas organizações que formam a coalização Éditodos, indicativos apontam para uma queda de faturamento de cerca de 59% dos empreendedores do grupo durante os últimos meses em razão da necessidade de isolamento.
Segundo Fernanda Ribeiro, integrante da empresa Afrobusiness, “temos muitos negócios que são da área de economia criativa, alimentação, eventos, temos artistas, músicos, empreendedores de moda, são setores que estão parados”. Para ela, os pagamentos devem começar quanto antes.
Isso porque a maioria desses empreendedores não receberam o auxílio emergencial do governo, que limitou à categoria rendimentos tributáveis anuais de até R$ 28.55,70. O Fundo tem como objetivo inicial socorrer cerca de 500 proprietários de micro e pequenas empresas da rede Éditodos. Os selecionados irão receber uma doação de R$ 2 mil para ajudar na quitação de dívidas e pagamento de salário de funcionários.
Como receber a ajuda?
Os interessados que se enquadram nos critérios de participação devem procurar as organizações que compõem a coalizão Éditodos, entre elas: Afrobusiness, FA.VELA, Vale do Dendê, Instituto Afrolatinas, Solano Trindade e Feira Preta.
Um dos requisitos essenciais para conseguir o auxílio é ter ligação com pelo menos uma das organizações, ou seja, aquelas mais próximas do núcleo de empresas responsáveis pela idealização do projeto. Isso porque, além do aporte financeiro, será oferecido um acompanhamento estratégico do pequeno negócio.
O Fundo de Emergências Econômicas também recebeu apoio de grandes companhias brasileiras, entre elas o Assaí Atacadista, Itaú Unibanco, Instituto C&A e Fundação Arymax.
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