scorecardresearch ghost pixel



MP trabalhista: Veja como ficam os pagamentos do FGTS, 13º e licença maternidade

Medida 936 dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública no país. Entenda!



A Medida Provisória (MP) nº 936/2020 instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. O texto dispõe sobre ações trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública no país.

A MP foi editada pelo governo federal no dia 1º de abril, com o intuito de preservar empregos e evitar demissões durante a pandemia do novo coronavírus.

Para que isso seja efetivado, seu texto flexibiliza as leis trabalhistas para permitir a suspensão de contratos de trabalhos e redução de jornadas de trabalho e também de salários.

Como funciona a MP 936?

De acordo com o texto da medida, a alteração do contrato de trabalho poderá feita por meio de acordo individual entre patrão e funcionário.

No entanto, essa medida é inconstitucional, já que não é permitida pela pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), tampouco pela Constituição Federal de 1988.

Além disso, a MP permite o corte de 70% da jornada e salário ou suspensão total do contrato pelo prazo de até dois meses.

Para tentar amenizar a perda de renda, haverá complemento de renda por meio do pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda. O sistema irá utilizar parâmetros das faixas do seguro-desemprego para calcular o valor a ser pago.

Trabalhadores submetidos à condição poderão perder o direito de benefícios, como férias, planos de saúde e outros.

Como fica o FGTS?

Durante a vigência da MP, enquanto houver suspensão dos contratos de trabalho, não haverá recolhimento para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Em caso de redução de jornadas ou salários, o FGTS será recolhido, mas terá o cálculo sobre o valor do salário que for pago.

Caso haja uma redução de 25%, a empresa paga 75% do salário. Já o empregado recebe um complemento do seguro-desemprego. Importante salientar que a MP permite redução de 25%, 50% ou 70% do salário ou jornada.

Como fica o 13º?

Ao longo do vigor da MP, e suspensão do contrato de trabalho, a contagem de proporcionalidade do 13º salário será interrompida. Portanto, o 13º salário não deverá considerar os meses de suspensão.

Em contrapartida, o cálculo do 13º salário continuará sendo pago com base no último salário recebido. Ademais, o fato de o empregado ter redução no salário pelo período de um ano, não irá interferir no valor a ser recebido.

Como ficam as gestantes?

Outro grupo que sentirá os impactos da MP são as gestantes. Elas podem ter o contato suspenso ou reduzido, como qualquer outro empregado.

De maneira geral, elas não podem ser demitidas sem justa causa, pois têm a garantia da estabilidade. Por outro lado, quando o bebê nascer, o regime será automaticamente alterado. Assim, a mãe entrará nas regras previdenciárias.

Confira também: Após sancionar auxílio de R$ 600, Bolsonaro irá liberar R$ 1 mil de FGTS




Veja mais sobre

Voltar ao topo

Deixe um comentário