Empréstimo entre pessoas físicas é opção em meio à pandemia; Veja como contratar!

De acordo com especialistas, ao sair da informalidade, modelo de contratação gera aumento na concorrência.



Em razão da crise econômica causada pelo novo coronavírus, muitas pessoas recorreram aos empréstimos para tentar desafogar as contas que não param de acumular. Porém, nem todo mundo tem o acesso a essa linha de crédito junto ao banco ou financeira.

O jeito é pedir emprestado a um amigo ou parente. O empréstimo entre pessoas físicas regularizado pelo Banco Central (BC) funciona desde 2018, mas só agora a modalidade teve um aumento considerável, de acordo com dados do setor. 

A iniciativa tem como objetivo conectar pessoas que precisam de dinheiro àquelas com recursos para o empréstimo, de modo formal. Nesse modelo, os juros são mais baixos para o contratante e mais atrativos para o investidor que busca aplicar seu dinheiro.

Empresas autorizadas

Todo o procedimento tem como intermédio empresas autorizadas pelo BC para atuarem como Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEPs). Atualmente, existem cinco delas e outras cinco com pedido de autorização em análise.

Como funcionam? As autorizadas, geralmente fintechs, fazem uma análise do perfil do interessado no empréstimo ou em emprestar o dinheiro. Podem entrar apenas quem possui histórico de bom pagador. A partir daí, a pessoa física ou jurídica recebe uma nota classificatória, de A a E. Nesse caso, quanto melhor a pontuação, menores serão os juros cobrados.

A alternativa faz aumentar a concorrência da modalidade de empréstimos no mercado, segundo especialistas. Em muitos casos, o investidor conseguirá obter rendimentos por juros maiores que da Taxa Selic, atualmente em 3%. 

Tanto o grupo de tomadores quanto de investidores devem se certificar que a fintech responsável por intermediar a negociação tenha a licença de SEP. Essa autorização permite legitimar a operação, gerando mais segurança e respaldo para ambos os lados.

Condições para tomar e emprestar crédito

Veja a lista de algumas empresas que atuam como reguladoras de empréstimos entre pessoas físicas e jurídicas.

MOVA

  • Para quem vai solicitar: válido para pessoas e empresas com sede no Brasil. Não é exigido limite de faturamento. Contratações variam de R$ 1 mil a R$ 5 milhões e taxas de juros entre 0,80% a 3,11% ao mês.
  • Para quem vai emprestar: valor mínimo de investimento é de R$ 50,00 (durante o período da pandemia), tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Sobre as taxas de juros, os repasses chegam a 100% dos juros pagos pelos devedores.

Bullla

  • Para quem vai solicitar: necessário estar com o nome limpo. Valores  dos empréstimos variam de R$ 1 mil a R$ 5 mil, assim como as taxas de juros, que giram em torno de 1,5% e 5,5% ao mês.
  • Para quem vai emprestar: estar com o nome limpo e investir de R$ 1 mil a R$ 30 mil, mínimo e máximo, respectivamente. Taxas de juros a 1,5% e 3,5% ao mês.

Mutual 

  • Para quem vai solicitar: exige o nome limpo junto ao SPC/Serasa e comprovação de renda. Limites de contratação são de R$ 1 mil e R$ 50 mil, mínimo e máximo, respectivamente. Taxas de juros variam de 2,7% a 7,3% ao mês.
  • Para quem vai emprestar: aporte inicial de, no mínimo, R$ 3 mil, com possibilidade de investimento por cotas de R$ 200,00 a cada solicitação de empréstimo. Sobre as taxas de juros, até 33% de retorno máximo.

Leia ainda: Governo vai antecipar saque do FGTS em 2020 por meio de empréstimos




Voltar ao topo

Deixe um comentário