Bolsonaro descarta ampliar auxílio por mais de três meses no valor de R$ 600

"A União não aguenta outro desse mesmo montante, que por mês nos custa R$ 50 bilhões. Se o país se endividar demais, teremos problema", defendeu Bolsonaro.



O presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira,22, mais uma vez declarou que o auxílio emergencial não poderá se estender por mais de três meses no valor de R$ 600. De acordo com ele, a equipe econômica está disposta a pagar mais duas parcelas, porém em quantia menor que a paga atualmente.

Em entrevista ao novo canal do Grupo Bandeirantes, o AgroMais , Bolsonaro disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes decidiu pagar a quarta e quinta parcelas, mas falta acertar o valor. ” A União não aguenta outro desse mesmo montante, que por mês nos custa R$ 50 bilhões. Se o país se endividar demais, teremos problema”, afirmou.

Contudo, nem todos estão a favor de diminuir o valor do auxílio, a proposta do governo vai conta o que defende o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia voltou a a defender que o benefício pago aos trabalhadores informais durante a pandemia continue em R$ 600 nas duas futuras parcelas.

Segundo o presidente da Câmara em postagem em rede social, “A todos que me perguntam sobre o auxílio emergencial: sou a favor da prorrogação do auxílio de R$ 600 por mais dois ou três meses, e tenho certeza que a minha posição é acompanhada pela maioria dos deputados”, escreveu.

Negociar com Câmara e Senado

Já Jair Bolsonaro, apesar de afirmar que o novo valor do auxílio emergencial precisa ser negociado com a Câmara e com o Senado, destacou que não abre mão de ser mais abaixo do que o pago agora, “Vai ser negociado com a Câmara, com o presidente da Câmara, com o presidente do Senado, para poder ter um valor um pouco mais baixo e prorrogar. Por mais dois meses talvez a gente suporte, mas não com o valor cheio de R$ 600.”

A proposta da equipe econômica foi anunciada por Bolsonaro e Paulo Guedes no final de maio, segundo eles o auxílio deve se estender por mais dois meses no valor de R$ 300. O governo argumenta que corte na metade do que é pago atualmente é necessário para ajudar o país a sair do alto endividamento por causa das medidas adotadas no combate à Covid-19.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, na semana passada o auxílio emergencial chegou ao valor de R$ 83 bilhões pagos a 64,1 milhões de pessoas, contando com o pagamento da primeira, segunda e parte da terceira parcela que já teve início.

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