Dada a pandemia causada pelo novo coronavírus, o governo federal anunciou uma nova rodada de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF), o valor será de até R$ 1.045,00 e seguirá a mesma sistemática de pagamento do auxílio emergencial.
O calendário com as datas ainda não foi divulgado. Contudo, com a proximidade do início dos repasses, a partir do dia 15 de junho, estima-se que nesta semana seja liberado o cronograma com os escalonamentos de acordo com o mês de nascimento do trabalhador.
A nova rodada de saque do FGTS vai até o dia 31 de dezembro deste ano e tem como principal objetivo a manutenção da economia.
FGTS e auxílio
Segundo a Caixa, os trabalhadores receberão via poupança social digital e terão de esperar alguns dias para realizar o saque em espécie do valor. O mesmo modelo de pagamento é utilizado para quem recebe a segunda parcela do auxílio emergencial ou não possuía, até o pagamento da primeira, conta de mesma titularidade em algum banco.
Poderão sacar cotistas com saldo em contas ativas (emprego atual) ou inativas (emprego antigo) no Fundo. A iniciativa do governo injetará R$ 36,2 bilhões na economia só em 2020.
Ao adotar um cronograma escalonado, com diferença de tempo entre depósito e saque, busca-se evitar filas e aglomerações nas agências da Caixa durante a pandemia.
Como serão feitos os pagamentos?
De acordo com Pedro Guimarães, atual presidente da Caixa, ” o FGTS tem o mesmo racional (do auxílio)”. Inicialmente, após o depósito na conta digital, o beneficiário poderá movimentar a quantia em compras e pagamento de contas utilizando o cartão virtual do Aplicativo Caixa Tem.
O saque em espécie e transferência acontecerá alguns dias depois. Segundo Guimarães, 60 milhões de brasileiros terão direito ao saque. Desse total, cerca de 20 milhões não possuem conta em nenhum banco.
Pagamento da 3ª parcela do auxílio emergencial
Previsto para sair nesta segunda-feira, 8, o calendário de pagamento da terceira parcela do auxílio emergencial deve seguir os mesmos moldes da segunda, em que recebem inicialmente os beneficiários do Bolsa Família, seguidos pelos inscritos no CadÚnico, site ou aplicativo.
Nesse caso, quem é informal receberá via conta digital e poderá pagar contas e realizar compras via aplicativo. O saque em dinheiro ou transferências para outras contas só serão permitidos após 10 contados a partir da liberação.
No caso dos assistidos pelo bolsa Família, Guedes explicou:
“O cronograma do Bolsa Família não será alterado e será em dinheiro, como foi na primeira e segunda parcela. Para as demais pessoas, faremos um deposito antes. Esse depósito antes do saque em espécie é muito importante para o equilíbrio entre pagar o mais rápido possível e minimizar as filas. Vamos depositar rápido e fazer o pagamento em espécie de forma organizada, de acordo com o mês de nascimento”.
O auxílio emergencial já foi pago a 58,6 milhões de brasileiros até o momento, com um gasto total de R$ 76,6 bilhões, incluindo os repasses referentes à primeira e segunda parcela. Contudo, cerca de 10 milhões de pessoas ainda aguardam na fila de espera para análise do pedido pela Dataprev.
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