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Auxílio de R$ 600: Por que existe fila de espera no aplicativo? É possível fazer de outro jeito?

Da mesma forma que no atendimento nas agências bancárias, os usuários vêm enfrentando uma fila virtual a chegam a passar horas só para conseguir entrar no app.



Os beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 têm relatado demora para conseguir acessar o recurso pelo aplicativo Caixa Tem. Da mesma forma que no atendimento nas agências bancárias, os usuários vêm enfrentando uma fila virtual a chegam a passar horas só para conseguir entrar no app.

E essa espera não é uma exclusividade do Caixa Tem, muitos que precisam do aplicativo FGTS também têm reclamado problemas para acessar e movimentar o dinheiro. Daí surgem dúvidas entre os usuários: será que essa fila é mesmo necessária? A Caixa não conseguiria resolver de outra forma sem deixar tanta gente esperando?

Fila virtual já acontece para venda de ingressos

De acordo com matéria do Uol sobre o tema, a Caixa precisaria ampliar a capacidade do sistema para que a demandas de tantos beneficiários do auxílio ou do FGTS fossem atendidas sem precisar esperar.

De acordo com o especialista em tecnologia e inovação, Arthur Igreja, entrevistado pelo portal, a fila virtual não é uma novidade, a forma de espera já é bastante usada em venda de ingressos de grandes shows.

Segundo ele, a fila acontece porque há um excesso de fluxo de entrada, e para que o aplicativo não pare de funcionar e saia do ar, as empresas criaram essa forma de espera. O sistema é útil, porque ao invés do site cair e a pessoa ficar sem saber o que fazer, com a fila, ela sabe que o site está funcionando e ainda tem uma noção de qual posição está para conseguir acesso.

Mas não daria para solucionar esse problema?

Sim, daria. De acordo com o professor do Departamento de Computação do Campus Sorocaba da UFSCar, Fábio Luciano Verdi, também entrevistado pelo Uol, a fila de espera pode ser solucionada se a Caixa comprasse mais servidores ou contratasse serviço de armazenagem em nuvem.

O professor explicou que a maneira de resolver isso seria “investir em recursos físicos, aumentar a capacidade do data center. Mas isso exige recursos, exige tempo, ainda mais adquirir um parque tecnológico novo em meio a uma pandemia. Outra maneira de resolver isso seria contratando serviço em nuvem”, disse.

Contudo, Verdi acrescenta não saber exatamente o que seria mais adequado no caso dos aplicativos da Caixa , “Talvez o parque tecnológico esteja certo. Talvez seja uma questão de ajuste interno, de balanceamento de carga”. Segundo ele, comprar um muitos servidores, às vezes não é o que resolveria o problema, por isso “não há como saber ao certo”, argumentou.

Limitações da Caixa

Para o especialista Arthur Igreja, há três possíveis motivos para a dificuldade da Caixa em resolver a fila de espera que envolvem limitações e escolhas do banco. Elas são:

1 – O auxílio emergencial é temporário, então porque gastar tanta energia e dinheiro em problema temporário;

2 –  Os processos de contratação de serviços ou compras de tecnologia para um órgão público, como a Caixa, tradicionalmente são lentos e morosos;

3 – Parte dos fornecedores de nuvem como Amazon e Microsoft, que conseguem atender esse tipo de demanda por tecnologia, estão fora do Brasil, e temos leis que impedem softwares de governo de serem hospedados fora do país por questão de segurança nacional.

Resposta da Caixa

Em nota, a Caixa anunciou que são realizadas frequentemente melhorias do aplicativo Caixa Tem, seja para fazer ajustes de funcionalidades solicitadas pelo Programa do Ministério da Cidadania ou para a otimização do desempenho do serviço.

*Com informações do Uol Economia

Veja também: Liberada antecipação do auxílio de R$ 600 e do FGTS emergencial de até R$ 1.045




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