Voltado aos trabalhadores informais, beneficiários do Bolsa Família e desempregados, o auxílio emergencial pode ser estendido até dezembro. Representantes do Ministério da Economia cogitam levar o benefício à prorrogação, apesar de demonstrarem preocupação com o impacto fiscal da ação.
Inicialmente, a previsão era que o auxílio tivesse validade de três meses. Agora, o intuito é que ele dure até o fim de 2020, porém, com o valor de repasse reduzido durante o pagamento das parcelas de setembro, outubro novembro e dezembro (ainda sem confirmação). A opção mais discutida é a quantia de R$ 200,00 nos referidos meses.
Impacto financeiro do auxílio emergencial
O auxílio emergencial de R$ 600,00 ou R$ 1.200,00 (para mães de família) vai custar aos cofres públicos R$ 254,4 bilhões. O valor é relativo às cinco parcelas anunciadas, de abril a agosto. Mensalmente, ele gera a despesa de R$ 51,5 bilhões, sendo a mais cara entre todas as ações previstas no pacote anticrise.
O alongamento do benefício também dará mais fôlego às revisões de gastos sociais e à provável implementação do Renda Brasil. O programa, que vem sendo planejado há alguns meses, prevê a unificação do Bolsa Família, seguro-defeso (destinado a pescadores durante o período de reprodução dos peixes), farmácia popular e abono salarial.
Auxílio é liberado para mais de 805 mil pessoas
Nesta segunda-feira, 3, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, autorizou a liberação do auxílio emergencial de R$ 600,00 a 805 mil novos beneficiários. O grupo ainda não havia recebido nenhuma parcela do benefício.
Além destes, 304 mil conseguiram a revalidação do cadastro para o recebimento da 3ª, 4ª e 5ª parcelas. Publicada no Diário Oficial da União, a decisão incluiu 1,150 milhão de cidadãos.
“Seguimos firmes na determinação do presidente Jair Bolsonaro de não deixar ninguém para trás. Atuamos com transparência e estamos fazendo o benefício chegar a quem realmente necessita. Em poucos meses, o governo federal foi capaz de retirar o maior contingente de pessoas da extrema pobreza da história recente do Brasil”, declarou, em nota, o Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
A princípio, os repasses continuam via conta digital para pagamento de boletos e compras em lojas físicas e virtuais. Saques e transferências seguem outro cronograma na tentativa de evitar aglomerações.
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