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Auxílio emergencial terá mais 4 parcelas de R$ 300, confirma Bolsonaro

Governo e equipe econômica já haviam sinalizado que não seria possível manter o benefício com o valor inicial de R$ 600, mas discordavam em relação ao novo valor.



O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta terça-feira, 1º de setembro, durante um pronunciamento em frente ao Palácio da Alvorada a prorrogação do auxílio emergencial. O presidente e o ministro da Economia, Paulo Guedes, entraram em acordo sobre o pagamento de R$ 300 por mais quatro meses.

Governo e equipe econômica já haviam sinalizado que não seria possível manter o benefício com o valor inicial de R$ 600, mas discordavam em relação ao novo valor. Enquanto Guedes sugeria R$ 200, Bolsonaro dizia que esse valor era muito baixo.

Com o pagamento fixado em R$ 300, foi possível chegar a um meio termo, conforme sugestão do presidente. Desta forma, o auxílio será estendido até o final do ano, até que seja possível voltar à normalidade com a retomada dos empregos formais e informais, segundo Bolsonaro.

De acordo com dados divulgados pela Caixa Econômica Federal, quase metade dos brasileiros solicitou o auxílio emergencial. Entretanto, dos mais de 100 milhões de cadastrados no sistema, cerca de 67 milhões eram considerados elegíveis para receber o benefício.

O custo mensal do governo com o auxílio é de R$ 50 bilhões, o que pesa no orçamento do país. Em agosto, Bolsonaro afirmou que manter os pagamentos em R$ 600 poderia resultar em endividamento e perda de credibilidade para o futuro.

O presidente ressaltou que irá manter o benefício enquanto for possível, mas que ele tem data para acabar, uma vez que trata-se de uma ajuda emergencial, e não uma aposentadoria.

Fraudes no auxílio emergencial

Ao mesmo tempo em que o auxílio emergencial foi indispensável para que milhões de famílias pudessem manter seu poder de compra durante a crise provocada pela pandemia, o benefício também foi alvo de inúmeras fraudes.

Por isso, o TCU, Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) se reuniram para realizar uma força-tarefa com o objetivo de controlar e identificar irregularidades no pagamento do auxílio emergencial.

O Ministério da Cidadania encaminhou para a Caixa os números de CPFs com suspeita de irregularidades, para que a instituição pudesse efetuar o bloqueio dessas contas. De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), os prejuízos decorrentes de desvios e fraudes no benefício chegam a R$ 42 bilhões.

Desse total, R$ 23,7 bilhões foram para aqueles que receberam o auxílio indevidamente, como pessoas que já são beneficiárias do INSS, servidores públicos e até falecidos.

O valor restante foi distribuído entre mães que se declararam como chefes de família, o que garante o benefício em dobro, mas que na realidade não são as únicas responsáveis pelo sustento dos filhos.

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