Por causa do endividamento do país, o presidente Jair Bolsonaro voltou a negar nesta segunda-feira, 19, a extensão do auxílio emergencial por um período maior. O benefício está previsto para acabar em dezembro deste ano, com saques disponíveis até janeiro.
Embora Bolsonaro tenha alertado para a dificuldade de manter o auxílio, aprovou que o Congresso busque novas fontes de financiamento para o programa de distribuição de renda que deverá substituir o Bolsa Família, o Renda Cidadã.
“Eu sei que os R$ 600 [do auxílio] é pouco para quem recebe, mas é muito para o Brasil. Tem que ter responsabilidade para usar a caneta BIC’, afirmou. Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio porque o endividamento nosso é monstruoso,” argumentou.
Ele ainda disse, “Mas realmente o Brasil está saindo da crise, os números mostram”. No início do ano, o Congresso Nacional aprovou a criação do auxílio emergencial no valor de R$ 600 por mês, durante três meses, apesar do governo ter proposto que o benefício fosse de R$ 200.
Após isso, o governo editou uma medida provisória que prorrogou o pagamento em mais quatro parcelas até dezembro no valor de R$ 300. Uma nova medida provisória para prorrogação do auxílio ainda não foi votada, porém a oposição na Câmara dos Deputados pressiona para que ela seja incluída na pauta, já que a estratégia de governistas é evitar que o texto seja debatido.
Mesmo sem ir a voto, a MP surte os efeitos desejados, pois tem força de lei no momento de sua publicação, sem o risco de ser modificada durante o debate por deputados com o objetivo de elevar o valor do auxílio.
O que diz o presidente da Câmara
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em várias declarações, sinalizou que não tomará decisões que comprometam a situação fiscal do país. Insistentemente, Maia vem defendendo a aprovação da regulamentação do teto de gastos como prioridade absoluta do Congresso.
Em publicação no Twitter, nesta segunda, o presidente da Câmara negou reportagem da CNN, que afirmou que ele não é contra à prorrogação do auxílio. “Eu não disse isso. Já deixei claro publicamente que sou contra a prorrogação do decreto de calamidade e que é necessário encontrar uma solução dentro do teto de gastos”, publicou Maia em sua rede social.
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