Por causa da demissão de trabalhadores durante as complicações econômicas que ocorreram na pandemia do novo coronavírus, o governo ofereceu uma contraproposta às centrais sindicais que buscam a ampliação das parcelas do seguro-desemprego.
A equipe econômica estuda pagar mais duas parcelas do seguro, de acordo com informações de integrantes do grupo de trabalho, criado no âmbito do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo aos aos Trabalhadores (Codefat).
Porém, o público que poderá receber foi reduzido para menos da metade do que poderia se beneficiar com a medida. Outra proposta do governo é pagar R$ 600 para quem não teve direito ao benefício.
A proposta foi apresentada na última segunda-feira, 26, e mostra que o total de beneficiários pode diminuir muito, indo de 6,5 milhões de demitidos, estimados inicialmente, para 2,76 milhões. Dessa forma, o custo projetado em R$ 16,4 bilhões caiu para R$ 7,3 bilhões.
Ampliar parcelas do auxílio de R$ 600
A equipe econômica do governo também sugeriu pagar três ou cinco parcelas do auxílio emergencial no valor de R$ 600 para cerca de 256 mil trabalhadores que foram demitidos e não tinham direito ao seguro-desemprego.
Mas, o governo teria proposto pagar o benefício somente aos trabalhadores demitidos entre 20 de março e 30 de setembro. O prazo para fazer cadastro no site e aplicativo da Caixa Econômica Federal e solicitar o auxílio emergencial foi encerrado em 02 de julho.
No entanto, quem recebeu ou está ganhando o auxílio emergencial não poderia receber novamente o benefício. De acordo com interlocutores, a estimativa de custo é de R$ 260 milhões para o pagamento de três parcelas de R$ 600 e R$ 460 milhões no caso de cinco parcelas.
Aprovação das medidas
Para que as medidas tanto do pagamento de mais parcelas do seguro-desemprego, quanto do auxílio emergencial sejam aprovadas será necessário discussão com a Codefat, marcada para esta sexta-feira, 30. Deve acontecer votação pelo colegiado, que é tripartite, formado por representantes dos empregadores, dos trabalhadores e do governo,
Caso alguma das medidas seja aprovada, será necessário editar uma medida provisória (MP) para liberação do recursos extra. O governo pretende diminuir o grupo de beneficiários por causa do fim do período de decreto de calamidade públicado, em 31 de dezembro. Após desse prazo, o governo não poderá destinar gastos para fora do orçamento.
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