Trabalhadores informais, desempregados e beneficiários de programas sociais ainda receberão cerca de R$ 45 bilhões em parcelas do auxílio emergencial. A informação foi divulgada pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.
Segundo representante da pasta, o valor trará “a necessária tração para fechar 2020 e entrar bem em 2021”. Além disso, o quantitativo do que foi poupado em relação ao auxílio pelas famílias, somado ao potencial saque emergencial do FGTS, traz a estimativa de que sejam injetados R$ 110 milhões na economia dentre os próximos meses.
Novo programa social
Questionado sobre qual será a solução financeira adotada pelo governo federal após o encerramento do auxílio emergencial, previsto para dezembro, Sachsida se ausentou da resposta sem dar informações sobre um possível novo programa social.
Em contrapartida, ele mencionou o seguinte parecer: “Acho que o crédito também é um caminho. Toda a literatura mostra a importância dos canais de crédito para a retomada econômica”, declarou o secretário.
Saschsida também avaliou o cenário econômico atual, ao dizer que em caso de elevada dívida do Produto Interno Bruto (PIB), assim como dos gastos públicos, haverá uma redução do desenvolvimento econômico.
“Na situação que o Brasil se encontra hoje, se gastarmos muito o crescimento diminui. Se o governo gastar muito agora, o PIB cai, a inflação aumenta, os juros aumentam, o investimento cai e o desemprego aumenta. A consolidação fiscal está no melhor interesse da população, principalmente dos mais pobres” disse.
Atualmente em sua oitava parcela, o auxílio emergencial foi inicialmente proposto para durar apenas três meses. Contudo, após a onda de isolamento social que fechou lojas e praticamente todo o comércio, prejudicando os rendimentos, houve a necessidade de mais duas prorrogações, totalizando 9 meses de benefício.
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