Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira, 26, apontam que o Brasil abriu 394.989 vagas de trabalho com carteira assinada em outubro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, demostrou otimismo com a recuperação da economia brasileira ao comentar sobre o resultado.
Segundo o ministro, o país voltou a crescer no esquema “V”. Na prática, isso significa que após uma queda rápida da atividade econômica, acontece uma alta na mesma velocidade. “A pandemia nos jogou no fundo do poço, mas nos levantamos”, comemorou Guedes.
De acordo com a pesquisa, em outubro foram 1.548.628 admissões e de 1.153.639 desligamentos – o resultado representa um recorde histórico. “Foi o mês que mais geramos empregos. A economia brasileira continua avançando em ‘V’ e gerando empregos. O resultado de outubro foi o melhor da história desde 1992”, afirmou Guedes.
Ele argumenta que 10 milhões de brasileiros tiveram o emprego protegido por acordos de redução de jornada e salário. Isso porque ao firmar esses contratos, as empresas ficam impedidas de demitir durante um período. “Protegemos os empregos e agora ligamos a máquina de gerar empregos”, finalizou.
Geração de empregos em 2020
Apesar do recorde histórico no mês de outubro, no acumulado do ano o saldo ainda é negativo em 171.139. Ao todo foram 12.231.462 admissões e 12.402.601 desligamentos.
No entanto, de acordo com o Ministério da Economia, o país perdeu menos empregos em 2020 do que nas crises de 2015 e 2016. Além disso, Guedes afirmou acreditar que o Brasil termine 2020 sem perder nenhum emprego formal.
“A pandemia atingiu tragicamente as famílias brasileiras, derrubou empregos, mas soubemos reagir, fizemos o isolamento social para proteger a vida e soubemos fazer a retomada da economia”, destacou o ministro.
Todos os setores da economia tiveram saldo positivo na geração de emprego, exceto o agropecuário. A abertura de empregos formais foi liderada pelo setor de serviços, que criou 156.766 postos de trabalho. Em seguida está o setor de comércio (15.647), indústria (86.426) e construção (36.296).
De acordo com o ministério da Economia, todas as unidades federativas tiveram saldos positivos. O destaque, porém, foi o Sudeste, que criou 186.884 empregos. Em seguida, estão as regiões Sul e Nordeste, com 92.932 e 69.519 vagas criadas, respectivamente.
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