O governo federal anunciou a possibilidade de voltar a pagar o auxílio emergencial em 2021. A declaração foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes na última terça-feira, 10. Segundo o ministro, o benefício retornará caso haja uma segunda onda da pandemia no Brasil. Guedes afirmou ainda que tem expectativa de que o estado de calamidade pública seja decretado no país novamente no ano que vem, já que os casos de Covid-19 voltaram a subir em alguns países pelo mundo.
“Deixamos bem claro para todo mundo. Se houver uma segunda onda no Brasil, temos já os mecanismos. Digitalizamos 64 milhões de brasileiros. Sabemos quem são, onde estão e o que eles precisam para sobreviver”, declarou Guedes em teleconferência com a agência Bloomberg.
Diante da declaração do ministro, a oposição no Senado se manifestou. Segundo os senadores, o benefício deveria continuar sendo pago independente de uma segunda onda da pandemia no país. “Estamos agora enfrentando a inflação, especialmente nos preços dos alimentos, o desemprego e a fome. O auxílio emergencial é algo extremamente necessário para minimizar o sofrimento da população” defendeu o senador Humberto Costa (PT). A oposição ressaltou ainda que seria necessário melhorar a distribuição e a fiscalização dos recursos, evitando fraudes e pagamentos indevidos, comuns em 2020.
Apesar das críticas, também houveram elogios à declaração do ministro da Economia. Segundo os senadores da oposição, a iniciativa do governo de informar que há possibilidade de continuar pagando o auxílio emergencial proporciona segurança e mais estabilidade aos brasileiros diante do atual cenário de crise econômica.
Proposta inicial
Guedes também contou na teleconferência que o auxílio emergencial foi projetado inicialmente com um valor menor, equivalente a R$ 200, para ser pago por um longo período aos beneficiários. No entanto, a classe política mudou os números: o Congresso demandou o valor de R$ 500 e presidente Jair Bolsonaro aumentou o benefício para R$ 600, assumindo a paternidade do valor.
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