Segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem solicitar a portabilidade de empréstimo consignado para conseguir taxas de juros mais baixas. Com as recentes alterações nas regras de crédito com desconto automático no benefício, a troca de débitos antigos por novos pode ser vantajosa.
Isso porque o governo reduziu a taxa máxima do consignado de 2,8% para 1,8% ao mês. Essa foi uma das medidas para socorrer a economia durante a pandemia do novo coronavírus. Desta forma, ao transferir o contrato de uma instituição financeira para outra, o segurado poderá conseguir uma redução no valor das parcelas.
O segurado que fez um empréstimo de R$ 10.816 com juros de 2,8%, por exemplo, ao final de 50 meses pagaria um total de R$ 17.500. O valor de cada parcela seria de R$ 350. Já se o beneficiário solicita um empréstimo de mesmo valor, mas com juros de 1,8%, ao final de 50 meses iria pagar R$ 16.494. E as parcelas seriam de R$ 330.
Ou seja, a troca resultaria em uma economia de R$ 1.006. Além disso, o valor das parcelas mensais teria redução de R$ 20. “A portabilidade aumenta a competição entre os bancos, favorecendo o consumidor“, afirma o presidente da Associação Nacional das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes no País (Aneps), Edison Costa.
Quando a portabilidade é vantajosa?
Costa afirma que a vantagem da redução da taxa pode desaparecer nos casos em que o segurado já pagou mais da metade das parcelas. Isso porque geralmente as primeiras parcelas têm juros maiores. Então, a partir de um ponto, o consumidor já pagou a maior parte das taxas ao banco.
“Ao fazer a portabilidade para outro banco, você voltará a pagar que, mesmo menores, não permitirão a redução da parcela, explica o presidente da Aneps. Costa também alerta que o número de parcelas que resta para que a dívida seja paga deve ser mantido.
O pedido de portabilidade é feito diretamente no banco em que o cliente quer transferir o empréstimo. No entanto, é necessário tomar alguns cuidados. Como, por exemplo, comparar o Custo Efetivo Total (CET) do atual contrato de crédito com a proposta oferecida pelo outro banco. Além disso, comparar o valor das parcelas para saber se a troca realmente vai compensar.
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