Governo deve oferecer empréstimo de até R$ 1.000 para inscritos no Bolsa Família

Essa seria uma das medidas para amparar a população de baixa renda após o fim do auxílio emergencial. Orçamento inicial da ação não deve ultrapassar R$ 2 bilhões.



O Governo Federal avalia a possibilidade de criar um programa de microcrédito para cadastrados no Bolsa Família. O valor do empréstimo iria variar de R$ 500 até R$ 1 mil, e seria uma medida para apoiar a população de baixa renda após o fim do auxílio emergencial. O orçamento inicial da ação não deve ultrapassar R$ 2 bilhões.

Ainda está sendo definido se o dinheiro terá origem em recursos da União ou da Caixa Econômica Federal. No entanto, o presidente do banco público, Pedro Guimarães, já afirmou que pretende transformar o Caixa Tem em um banco digital e fazer uma oferta inicial de ações. Entre os serviços que a instituição quer oferecer aos correntistas está o microcrédito, com empréstimos de até R$ 1 mil.

Se o governo optar por direcionar recursos do orçamento para a nova modalidade de crédito, a ideia é que um fundo seja estruturado nos mesmo moldes do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Além disso, a equipe econômica ainda avalia se o risco de crédito das operações será 100% do fundo ou dividido com a Caixa.

Empréstimo Bolsa Família

As discussões sobre o programa de microcrédito estão avançando. Entretanto, técnicos da equipe econômica têm alertado o ministro da Cidadania, Onyx Lorezoni, gestor do Bolsa Família, que a medida precisa ser pensada com cuidado, para que o empréstimo seja usado de forma consciente.

“Se todos os beneficiários do Bolsa Família receberem esse crédito automaticamente, sem ter acesso aos cursos de educação financeira e aos conceitos do microcrédito, isso se torna um crédito direto ao consumidor. E isso leva a uma inadimplência maior. Essa é uma modalidade de crédito consciente”, disse.

Porém, de acordo com dados do Banco Central (BC), a taxa de calotes do microcrédito é baixa, foi de 2,4% em outubro. Ou seja, é inferior a inadimplência geral do crédito para pessoa física, que chegou a 3,1% no mesmo mês.

Já a taxa para o crédito pessoal chegou a 5,7%, na mesma base de comparação. Neste momento, a carteira de microcrédito de todos os bancos que operam essa modalidade é de apenas R$ 6,8 bilhões, de acordo com o BC.

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