Em entrevista recente à CNN, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, avaliou que prorrogação do auxílio emergencial para 2021 poderia piorar a situação dos brasileiros mais pobres. O benefício pago pelo governo federal chegou ao fim em dezembro de 2020.
“Se o governo continuasse gastando com o auxílio emergencial a dívida pública ia aumentar muito no final do dia. Os juros iam ter que aumentar e a situação dos mais pobres iria piorar ao invés de melhorar”, afirmou.
“Temos que prestar atenção no lado fiscal. Garantindo o lado fiscal, o investimento privado volta e volta o emprego”, acrescentou.
Desde o fim do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro vem reiterando que os pagamentos terminaram e que não haverá uma nova extensão. Enquanto isso, sua equipe prepara uma saída para transferir renda após o programa Renda Brasil ter ficado só no papel.
O secretário disse acreditar que a consolidação fiscal é do caminho para dar garantias à população mais pobre “que sofre com a inflação e o desemprego”.
“Muitas pessoas criticam a equipe econômica, mas o auxílio emergencial não dava para continuar. Ia nos colocar numa situação fiscal muito complicada”, disse Sashida.
Auxílio emergencial continua em janeiro
Embora os depósitos dos benefícios tenham se encerrado em 29 de dezembro 2020, muitos beneficiários ainda não puderam movimentar o valor creditado pela Caixa Econômica Federal (CEF) em suas poupanças digitais.
Isso ocorre porque a liberação do auxílio e a autorização para saques e transferências seguem calendários diferentes. Assim, os valores continuarão sendo liberados até o final de janeiro de 2021.
As parcelas de R$ 600 seguem sendo disponibilizadas para saque em espécie até 27 de janeiro, quando os nascidos em dezembro poderão enfim movimentar seu benefício, fechando oficialmente o calendário do auxílio emergencial.
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