Sem um calendário de vacinação definido e com o fim do auxílio emergencial, muitos brasileiros entraram em 2021 sem saber o que será do futuro do país em meio ao crescente número de casos de Covid-19. As famílias de baixa renda buscam cada vez mais encontrar maneiras para garantir seu sustento, principalmente sem a perspectiva de prorrogação do benefício.
Avaliando essa situação caótica, o governo federal vem tentando encontrar formas de injetar recursos para que a economia se recupere em 2021. Saiba quais são as frentes nas quais a administração tem atuado para tirar o país da crise.
Antecipação do 13º salário INSS e do abono salarial PIS/Pasep
Já foi confirmada para este ano a liberação antecipada do 13º salário dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), bem como do antecipação do abono salarial do PIS/Pasep.
A expectativa é de que os benefícios sejam pagos em fevereiro ou março. Essas liberações já haviam sido incluídas no Orçamento para este ano e serão apenas antecipadas.
Saque emergencial FGTS
Em 2020, uma iniciativa que amparou muitos trabalhadores foi a autorização do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O plano é repetir os pagamentos neste ano.
Caso mantenha os moldes do ano passado, o teto do saque será de um salário mínimo, atualmente em R$ 1.100. Os valores resgatados serão os saldos tanto de contas ativas quanto de contas inativas do fundo.
A expectativa, contudo, é que o saque emergencial de 2021 seja voltado para a classe média, uma vez que os mais pobres já esgotaram os saldos de suas contas em 2020. O calendário de saques ainda não foi divulgado.
Bolsa Família
O ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro seguem afirmando que o auxílio emergencial chegou ao fim e não será prorrogado. No entanto, a equipe econômica já sinalizou que avalia uma reestruturação do Bolsa Família, com a inclusão de mais beneficiários.
A previsão é, além ampliar o número de beneficiários atendidos pelo programa, unificar benefícios, reajustar os valores e criar novas bolsas.
Auxílio emergencial
Nesse meio tempo parte do Congresso vem se movimentando em prol da prorrogação do auxílio emergencial, inclusive com a convocação da sessão legislativa extraordinária para discutir o assunto. Para viabilizar a prorrogação, seria necessário estender o prazo do estado de calamidade pública.
Senadores como Zenaide Maia (Pros-RN), Rodrigo Cunha (PSDB-AL) e Plínio Valério (PSDB-AM) já assinaram um documento do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) que busca convocar uma sessão extraordinária do Congresso. Todos eles são a favor da prorrogação do auxílio emergencial.
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