Um novo projeto de lei (PL) pode prorrogar os pagamentos do auxílio emergencial por mais três meses, neste caso janeiro, fevereiro e março de 2021. A iniciativa foi protocolada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Segundo o parlamentar, com o fim do estado de calamidade pública no dia 31 de dezembro do ano passado, e dados os impactos econômicos da pandemia de coronavírus que ainda persistem, há a necessidade de manter o socorro financeiro à população.
Além disso, Vieira criticou a demora do governo em relação ao programa nacional de vacinação no combate à Covid-19. “O fato é que, por conta da inércia do governo federal, simplesmente não teremos um programa nacional de vacinação em execução antes de março. É preciso fazer essa ponte para manter o mínimo de estabilidade social até lá”, declarou o senador.
Criado em abril de 2020, e pago inicialmente em três parcelas no valor de R$ 600, o auxílio emergencial passou por outras duas prorrogações. A primeira de mais dois meses, com o mesmo valor, e uma segunda extensão, no pagamento de quatro parcelas residuais de R$ 300.
Governo fala sobre prorrogação do auxílio emergencial
Nos últimos meses de 2020, havia uma grande expectativa por parte da população beneficiada pelo auxílio emergencial. Isso porque era aguardado o anúncio de uma nova prorrogação da ajuda voltada a informais e vulneráveis para 2021.
No entanto, durante evento em Foz do Iguaçu, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), se mostrou contrário à extensão do benefício mais uma vez.
“Nada mais dignifica o homem do que trabalho, é o que nós precisamos. Temos internamente os nossos problemas, ajudamos o povo do Brasil com alguns projetos, por ocasião da pandemia. Você [Benítez] fez o mesmo no Paraguai, aqui do lado. Alguns querem perpetuar tais benefícios, ninguém vive dessa forma, é o caminho certo para o insucesso”, disse Bolsonaro se referindo ao presidente do Paraguai, que também estava presente no encontro.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também já declarou ser inviável a ideia de alongar o auxílio emergencial por mais vezes. Recentemente, Guedes afirmou que, no momento, não há chance ou qualquer probabilidade de discussão sobre o tema pelo executivo.
O que se sabe até o momento é que o governo federal se prepara para lançar uma nova rodada do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 2021. A ação, ainda em estudo, integra um plano de enfrentamento à pandemia, na intenção de injetar dinheiro na economia.
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