Auxílio emergencial fará parte do Bolsa Família? Veja o que diz um deputado

Líder do governo na Câmara defende a inclusão do auxílio emergencial no programa Bolsa Família. Proposta não é consenso no governo.



A inclusão do auxílio emergencial no programa Bolsa Família foi defendida mais cedo nesta semana pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, em entrevista à CNN. Segundo o deputado, a melhor saída para socorrer a população é ampliar o programa social e passar uma peneira nos cadastros.

“O auxílio emergencial foi feito dentro decreto de calamidade, é um cheque em branco e não temos mais. Não se pode repetir a fórmula do auxílio. Vamos socorrer, mas não naquele modelo. A ajuda para quem precisa vai ser mais uma continuação do Bolsa Família”, afirmou o deputado.

Ainda não há uma decisão final sobre o benefício, que á alvo de muita discussão no parlamento. Para viabilizar sua continuação e até mesmo o aumento do valor do Bolsa Família, o Congresso precisa aprovar o Orçamento de 2021.

Barros afirmou que a criação de cadastro para verificar de fato quais famílias precisam da ajuda financeira seria a solução. “Um cadastro mesmo, que as pessoas vão às prefeituras e sejam certificadas, recebam visita familiar para comprovar que precisam. Tem que ter desempenho escolar, fazer cursos profissionalizantes”, explicou.

A proposta orçamentária será analisada pela recém-formada Comissão Mista de Orçamento (CMO) até março. A comissão é responsável por avaliar as previsões de gastos para este ano.

Auxílio emergencial dentro do Bolsa Família

O líder do governo na Câmara reiterou o discurso do governo de que está atuando no sentido de substituir o auxílio emergencial, considerando que não há recursos para custear novas parcelas. Embora alguns acreditem que a inclusão do benefício no Bolsa Família seja uma boa saída, não há unanimidade nem mesmo entre os membros do próprio governo.

Barros acredita que bastam mudanças dentro do próprio programa social, como a entrada de cursos profissionalizantes como critério para se inscrever. “O Bolsa Família não incentiva a sair. A rampa de ascensão social precisa ter mecanismos para que as pessoas saiam depois. Então, podemos ampliar, mas precisa cobrar desempenho escolar, qualificação profissional, por exemplo”, avaliou.

O ministério da Economia voltou a falar sobre a manutenção do auxílio emergencial com parcelas de R$ 250 na última quinta-feira, 11. Até então, o ministro Paulo Guedes havia declarado que o plano é reduzir o número de beneficiários atendidos até dezembro de 2020.

Na mesmo ocasião, Guedes disse que pretende excluir os inscritos do Bolsa Família da base de beneficiários do auxílio. Segundo ele, para que novas parcelas saiam, será preciso tomar medidas para gerar um contrapeso, como congelar os salários de servidores públicos.

Leia mais: Salário de servidores públicos pode ser cortado para bancar volta do auxílio emergencial




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