O deputado Ricardo Barros (PP-PR), atual líder do governo na Câmara dos Deputados, defende a substituição do auxílio emergencial pela ampliação do número de beneficiários que recebem o Bolsa Família. Com o suporte de ministros do governo Bolsonaro, o parlamentar fala ainda sobre um “filtro” durante os cadastros do programa.
Sem recursos para arcar com novos repasses do auxílio emergencial, encerrado em dezembro do ano passado, a equipe econômica analisa meios de viabilizar recursos para a população de vulneráveis durante pandemia. O grupo é formado basicamente por pessoas que estão na informalidade e não recebem nenhum tipo de ajuda do governo.
Em sua fala, Barros declara que o governo irá ajudar quem mais precisa. No entanto, a ajuda não acontecerá nos mesmos moldes do auxílio emergencial.
“O Auxílio Emergencial foi feito dentro decreto de calamidade, é um cheque em branco e não temos mais. Não se pode repetir a fórmula do auxílio. Vamos socorrer, mas não naquele modelo. A ajuda para quem precisa vai ser mais uma continuação do Bolsa Família”, disse o deputado.
Verificação dos dados
Em relação à inclusão de novos beneficiários no Bolsa Família, Barros defende ainda mais rigor por parte das prefeituras na verificação das informações de quem recebe a ajuda. Segundo ele, o dinheiro deve ir para quem “realmente precisa”.
A fala tem a ver com a forma de análise dos aprovados no auxílio emergencial, em que o beneficiário realizava apenas uma declaração voluntária, sem a necessidade de conferência dos dados repassados.
O líder do governo também propõe novos critérios e exigências para receber o Bolsa Família, devendo o programa funcionar como uma rampa de “ascensão social”, na oferta de mecanismos para que a pessoa saia daquela situação social futuramente. De acordo com Barros, a ideia é cobrar mais desempenho escolar e qualificação profissional.
Volta do auxílio emergencial?
Atualmente, a situação do auxílio emergencial já se tornou prioridade no governo. Barros declarou que o tema está sendo discutido pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, pela equipe econômica e também em conjunto com Marcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento.
Com falta de recursos para pagar a extensão do programa, o retorno da ajuda destinada a trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores individuais segue indefinido.
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