Novo auxílio emergencial tem que sair com redução de gastos, diz presidente do Itaú

De acordo com o executivo, assim o mercado entenderia que o governo está comprometido com a agenda fiscal do país.



O novo presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, assumiu o cargo nesta última terça-feira, 2, e em relação a possível volta do auxílio emergencial, o executivo falou que o governo deve abrir uma agenda de reformas e redução de gastos para assim retomar o pagamento do benefício.

Dessa forma, de acordo com Maluhy, o mercado entenderia que o governo está comprometido com a agenda fiscal do país. “Tivemos uma pandemia sem precedentes e o governo fez o que tinha que fazer. Era o momento de gastar. Mas o nível de endividamento está muito alto e estamos muito próximos do teto (dos gastos)” disse em teleconferência com jornalistas.

Ele ainda acrescentou: “Qualquer revisão de programa assistencial tem de vir com notícia de reforma”. O presidente do Itaú também disse que o banco não prevê fechar mais agências em 2021. No ano passado, foram descontinuadas 117 unidades físicas. “Acreditamos no meio físico. Nossa rede de atendimento será do tamanho que nossos clientes definirem”, declarou.

O executivo afirmou ainda que o Itaú deve investir R$ 1,5 bilhão a mais em tecnologia, produtos e plataformas, em linha com o processo de transformação digital pelo qual o banco está passando.

Selic deve subir para 3,5%

Na visão do presidente do Itaú Unibanco que a economia deve “andar de lado” no primeiro trimestre de 2021, sem crescimento, em razão do fim do auxílio emergencial e do aumento do número de mortes e pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
Segundo ele, a recuperação da economia deve ser retomada em seguida, os juros básicos do país já devem subir na próxima reunião do Banco Central com Selic terminando 2021 a 3,5% ao ano, contra 2% no nível atual.

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