Após a confirmação de novas parcelas para o auxílio emergencial, muitos cidadãos estão na dúvida se farão parte ou não da prorrogação. De acordo com informações divulgados pelo governo federal até o momento, o que se sabe é nem todos que receberam o benefício anteriormente terão acesso em 2021.
A previsão é de que o novo auxílio seja repassado somente para 40,2 milhões de pessoas. A fração é 28 milhões menor que o número de contemplados em 2020, estimado em 68,2 milhões de pessoas.
O motivo para a redução tem a ver com a limitação da fonte de recurso para o programa. Conforme constatado na PEC Emergencial, promulgada no início desta semana, o teto para gastos no auxílio emergencial este ano será de R$ 44 bilhões. Fazendo um comparativo do ano passado, o governo chegou a desembolsar R$ 292,9 bilhões, com pagamentos entre R$ 600 e R$ 300.
Em relação aos repasses deste ano, o primeiro grupo a receber será o de não inscritos no Bolsa Família. Ou seja, quem se inscreveu no Cadastro Único (CadÚnico) ou aplicativo/site do programa. O pagamentos terão início nas primeiras semanas de abril, conforme cronograma baseado na data de nascimento do cidadão, ainda a ser divulgado.
Número de beneficiários do auxílio emergencial em 2021
Um pouco mais de 40 milhões de pessoas serão beneficiadas com o pagamento do auxílio emergencial 2021. A previsão é de que 20 milhões de famílias recebam a quantia de R$ 150. Essa, inclusive, é a maior parcela de beneficiários chegando a 43% do quantitativo total. Isso significa que a grande maioria dos assistidos pelo programa receberão a menor parcela.
O valor é destinado para aqueles que moram sozinhos, ou seja, famílias compostas por um único membro. Segundo informações do Dieese, o montante de R$ 150 permite a compra de apenas 23% da cesta básica em São Paulo, 29% em Belém e 31% em Salvador.
Os outros 16,7 milhões de famílias, compostas por mais de um integrante, poderão receber a média de R$ 250. Com esse valor, o beneficiário consegue comprar 39% da cesta básica em São Paulo, 49% em Belém e 52% em Salvador.
Já em relação à parcela mais alta, no valor de R$ 375, apenas as mulheres chefes de famílias monoparentais terão direito. Elas representam o menor grupo, cerca de 9,3 milhões. A quantia possibilita comprar 59% da cesta básica em São Paulo, 73% em Belém e 78% em Salvador.
A diminuição no número de contemplados com o programa social deve ser mais significativa nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Outras regiões que tiveram os maiores índices de pagamentos do benefício em 2020, como por exemplo, Piauí e Maranhão, também sofrerão reduções em relação ao número de beneficiários.
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