Tido como o maior banco digital independente do mundo, o Nubank dá um novo passo em sua política econômica. Trata-se do fundo de investimento lançado nesta quarta-feira, 24, chamado de Semente Preta.
Em linhas gerais, a novidade visa destinar um total de R$ 1 milhão a startups brasileiras fundadas por empreendedores negros e negras. O foco do Semente Preta são empresas que já tenham validado seu Produto Mínimo Viável (MVP) e possuem destaque de mercado por meio do uso da tecnologia.
“Queremos contribuir para acelerar a consolidação de um ambiente de tecnologia mais diverso e que reflita a pluralidade que existe hoje no Brasil. Isso é peça fundamental para inovação e, consequentemente, para o desenvolvimento de soluções que resolvam, de fato, as principais dores dos brasileiros”, declara David Vélez, CEO e fundador do Nubank.
De acordo com pesquisa apresentada pela BlackRocks, somente 30% das startups criadas por pessoas negras tiveram algum tipo de aporte durante o período de consolidação do negócio. No caso de empresas de tecnologia fundadas por pessoas não-negras, o quantitativo é de 41%.
“Sabemos que empreendedores negros e negras enfrentam muito mais barreiras para captar investimentos e recebem menos apoio para construir seu negócio. Nós queremos ser parte da mudança dessa realidade”, diz Vélez.
Networking e critérios de avaliação
O projeto Semente Preta vai além do aporte financeiro. Isso porque ele também busca promover encontros periódicos entre as startups selecionadas e convidados para uma troca de ideias e experiências, na tentativa de facilitar o networking.
Ademais, os empreendedores poderão participar de sessões de mentoria oferecidas pelo Nubank nas áreas de pessoas, engenharia e finanças, conforme as necessidades apresentadas por cada empresa. Já o foco da seleção serão startups dos setores de dados pessoais, marketing digital, jogos, programação, aplicativos, softwares e serviços financeiros.
As empresas inscritas no Semente Preta passarão por uma avaliação, sendo selecionadas aquelas que apresentarem certo nível de aplicação de tecnologia e inovação em seu produto, performance financeira, inteligência de dados e negócios, além de criatividade e estratégia.
Também serão considerados o histórico do empreendedor, o posicionamento da empresa em relação ao ecossistema brasileiro de startups e aspectos como pluralidade geográfica e diversidade dos times das startups selecionadas.
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