O marketplace AliExpress já é conhecido como um dos principais nomes do e-commerce da China e oponente direto da gigante Amazon em escala global. Buscando o crescimento contínuo desde sua fundação em 2010, a empresa voltada para o varejo decidiu investir cada vez mais em inovação, maiores descontos e prazo de entrega reduzidos.
No início de maio, por exemplo, uma nova ferramenta chamada “Pechincha” ficará disponível no site e aplicativo. Ao adentrar no menu principal, os usuários poderão encontrar uma lista de produtos que terão acesso a um link de compartilhamento. Ao divulgar o anúncio entre amigos e parentes, é gerado um desconto para o consumidor.
Sendo assim, quanto mais pessoas clicarem no link, mesmo sem efetivamente ter de comprar o produto, maior será o desconto para quem conseguiu mais acessos pela divulgação. A redução pode chegar a 99% do valor original cobrado.
Em relação aos vendedores, no entanto, não haverá desconto no valor anunciado. Isso porque a diferença entre o valor anunciado e o vendido para os consumidores será abonado pelo próprio AliExpress que, inclusive, já conta com uma verba separada para isso.
“Na China, essa ferramenta trouxe conversão dez vezes melhor do que a das vendas via e-commerce tradicional. O social commerce já ocupa 20% do varejo digital chinês, com crescimento de 58% de um ano para o outro. Quase cinco vezes mais do que o e-commerce tradicional. Nós acreditamos que o crescimento no Brasil também deve seguir um ritmo bastante favorável e investimos nisso”, declara Yan Di, diretor geral de operações do AliExpress para o Brasil, em entrevista à revista voltada para os negócios, EXAME.
Logística para diminuir prazo de entrega
No fim do ano de 2020, o AliExpress deu início ao processo de melhoria no setor de logística, no intuito de trazer mais agilidade na entrega de produtos. Até então, compras realizadas pelo e-commerce da empresa demoravam de 60 a 90 dias para chegar às mãos do consumidor brasileiro. Agora, o prazo está na média de duas semanas (15 dias).
Ao ser questionado sobre os desafios acerca do varejo digital no Brasil, Yan Di diz que a parte de atendimento ao cliente e logística exercem um papel essencial, porém, indo além disso, existe a necessidade de desenvolvimento do ecossistema de vendas pela internet como um todo.
“Todo mundo que compete pelo varejo digital no Brasil está competindo por uma porção muito pequena do mercado. Todas as empresas que atuam dentro disso têm que trabalhar para desenvolver o setor como um todo e, assim, garantirem uma ‘fatia’ maior dentro do que o setor pode representar. Estou no país há vinte anos, vejo muito potencial a ser explorado por aqui”, declara o diretor da empresa.
Desde sua fundação há 11 anos atrás, o AliExpress já possui cerca de 6.800 lojas cadastradas que aguardam ansiosamente o crescimento no volume de vendas até o fim de 2021.
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