Um novo programa de incentivo a jovens desempregados está previsto nos planos do ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com o titular, a ideia é oferecer curso de capacitação profissional (técnico) e uma bolsa no valor de até R$ 300 pelo o que ele chamou de Bônus de Inclusão Produtiva (BIP).
“Da mesma forma que você dá R$ 200 para uma pessoa que está inabilitada para receber o Bolsa Família, por que não pode dar R$ 200 ou R$ 300 para um jovem nem-nem? Ele nem é estudante nem tem emprego. É um dos invisíveis. Por que eu não posso dar R$ 200 ou R$ 300? Estou pagando para uma empresa treiná-lo. Eu vou dar R$ 300”, declarou Guedes em entrevista ao jornal O Globo.
Os jovens considerados “nem-nem” são aqueles que não estão estudando ou trabalhando. A expressão se refere sobretudo à faixa de pessoas jovens que estão de fora do mercado de trabalho. Segundo Guedes, é necessário criar medidas que tornem essas pessoas agentes ativos na economia brasileira.
Iniciativa segue moldes do Pronatec
Para fins comparativos, o BIP se assemelha ao já conhecido Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que atualmente é chamado de Bolsa Formação.
Criado no governo da ex-presidente Dilma, a ação oferece bolsas de estudos a alunos do ensino médio, trabalhadores e inscritos em programas de transferência de renda que tenham feito o ensino médio em unidades de ensino público. O participantes recebem ajuda de custo e, dependendo do caso, até mesmo valores em dinheiro para frequentarem as aulas.
Ainda sem muitos detalhes, o BIP prevê estimular cada vez mais a inclusão de jovens no mercado de trabalho. Devido a pandemia de coronavírus, o número deles fora das escolas e vagas de emprego foi dilatado. Ao final de 2020, por exemplo, cerca de 25% das pessoas entre 15 e 29 anos não estudavam ou trabalhavam.
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