Entre vários aspectos e percepções despertadas durante a quarentena provocada pela atual pandemia, uma que se destaca é a do acúmulo de bens materiais desnecessários. Muitas pessoas perceberam que precisam de menos para viver bem. Neste contexto, um termo não tão novo assim ganha ainda mais força: o minimalismo financeiro.
Segundo o dicionário virtual, minimalismo é o “princípio de reduzir ao mínimo o emprego de elementos ou recursos”, e o minimalismo financeiro é exatamente isso, porém aplicado ao mundo das finanças. Não se trata de economizar a todo o custo, mas sim de priorizar o ser em detrimento do ter.
O consumidor que decide aplicar este conceito, investirá mais em qualidade do que em quantidade. Continuará lucrando, mas saberá onde e quando investir seu rico dinheiro da melhor forma possível.
Dessa forma, é possível deixar de viver em função de ganhar para desfrutar da sensação de liberdade que surge da despreocupação financeira. Será possível organizar as contas, se dedicar ao crescimento pessoal, às relações e às coisas simples e necessárias da vida.
Em outras palavras, não significa abrir mão dos pequenos prazeres, mas sim enfatizar o que de fato importa e é duradouro, aquilo que se entende como um bom custo-benefício.
Imagine a seguinte situação: suponha que você não se importa e não vê a necessidade de ter um carro próprio ou mesmo de ter um carro novo e bem equipado, mas sente um imenso prazer em viajar e passar seu tempo com as pessoas que ama.
Então, ao invés de comprar um carro ou trocar o seu usado que te supre perfeitamente, você decide investir seu dinheiro em viagens com a família e amigos para lugares novos e com boas opções culturais, por exemplo.
Ou então suponha que você não tem apego em casa própria, mas adore a sensação de morar próximo à natureza. No lugar de comprar uma casa, você pode alugar uma em locais diferentes, por exemplo.
Como o minimalismo financeiro pode te ajudar
Apesar dos exemplos citados acima envolverem gastos, a verdade é que a função do conceito não está necessariamente onde você vai gastar suas finanças, mas sim onde não vale a pena investi-las.
Assim, você começa a utilizar seus recursos com mais sabedoria e de forma mais acertada.
Estabelecer prioridades é o primeiro passo. Depois é preciso não se deixar levar apenas por impulsos e refletir sempre sobre quais são os objetivos.
Como aplicar o minimalismo financeiro
– Ordene e Elimine
Coloque todas as contas na ponta do lápis e elimine aquilo que é supérfluo.
– Desapegue
Junte tudo aquilo que está parado e acumulando poeira e venda, se livre do que não precisa.
– Reserve
Para não ser refém do dinheiro, é essencial ter uma reserva de emergência para evitar apertos.
– Invista e quite
Quite suas dívidas aos poucos ao mesmo tempo que faz aplicações para rendimentos futuros.
– Simplifique
Dê valor àquilo que realmente faz sentido para você. Seja feliz.
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