O valor pago pelo Bolsa Família pode dobrar durante a pandemia de Covid-19 no país. A proposta da deputada Jandira Feghali, que prevê o aumento do benefício, foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, e agora deve passar pelas comissões Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
O objetivo é atender as famílias em situação de vulnerabilidade inscritas no programa, um dos grupos mais afetados pela crise sanitária causada pelo novo coronavírus.
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A proposta substitui o Projeto de Lei 681/20, protocolado pela deputada Natália Bonavides. Segundo Feghali, grande parte dos beneficiários do programa estão sem ter como sobreviver devido às restrições impostas para combater a pandemia.
Caso seja aprovado, o valor do Bolsa Família deverá ter acréscimo de 100% pelo prazo de três meses. Confira em quais situações o beneficiário poderá receber dobrado:
- Famílias em situação de extrema pobreza: de R$ 89 para R$ 178;
- Famílias em situação de pobreza e extrema pobreza com gestantes, crianças de 0 a 12 anos ou adolescentes de até 15 anos de idade em sua composição: de R$ 41 para R$ 82 por pessoa (até 5 por família); e
- Famílias em situação de pobreza e extrema pobreza com adolescentes entre 16 e 17 anos de idade em sua composição: de R$ 48 para R$ 96 (até 2 por família).
Ainda não há previsão de análise do texto que dobra o Bolsa Família, nem tampouco para a liberação dos novos valores. Entretanto, o governo federal está focado em reformular o programa e aumentar permanente o valor pago aos inscritos.