A Reforma Tributária continua em tramitação no Congresso Nacional. O texto prevê aumentar a faixa de isenção para o Imposto de Renda (IR). Entretanto, a classe média deve sofrer com uma carga tributária ainda mais pesada.
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De acordo com o texto, trabalhadores que tenham renda igual ou superior a R$ 7 mil vão pagar mais. A alíquota do IR para essa faixa de renda subiria para 36%. O aumento se deve ao maior número de isenção que a nova reforma prevê.
Isenção do imposto pode ser para salários até R$ 3 mil
O teto para obter isenção do imposto deve chegar próximo dos R$ 3 mil mensais. Pessoas que ganham salários como este, poderão ficar isentas.
Os integrantes da classe média terão de fazer manobras para conseguir descontos. Será necessário comprovar as despesas, os gastos com saúde e educação, por exemplo. Além da existência de dependentes, que continuará dependente de comprovação.
Para ter acesso aos descontos, então, serão necessárias as comprovações citadas. Além disso, as contribuições ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) também contam. Caso contrário, o preço devido ao leão será mais caro do que antes.
O texto foi criado pela equipe do Ministério da Economia e aprovado pelo atual presidente. Agora, o Legislativo poderá propor alterações no texto e encaminhá-lo novamente ao Executivo.
Na Câmara dos Deputados, a Reforma Tributária divide opinião. Há quem julgue justa com os mais pobres. Contudo, há aqueles que veem um peso para uma camada de pessoas que estão na faixa de transição. Portanto, não são consideradas pobres, mas tampouco podem ser tidas como abastadas.
Caso a Reforma Tributária seja aprovada, o Governo Federal deve arrecadar quase R$ 10 bilhões em 2022. Logo em seguida, em 2023, a arrecadação ultrapassará os R$ 11 bilhões, conforme declaração da Receita Federal.
Carga tributária para médias e grandes empresas
A Reforma Tributária também deve aumentar em até 71,5% o imposto pago por médias e grandes empresas. O dado é baseado nos cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação IBPT.
A proposta da segunda fase da reforma diminui a carga do Imposto de Renda para empresas, mas cria outra. Agora serão tributados os lucros e dividendos, os quais recaem sobre os sócios. O texto segue em análise e ainda pode ser vetado.