Na última terça-feira (9), o mundo virtual foi surpreendido pelo alerta da ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, em entrevista à The Associated Press, ela disse que o “metaverso”, mundo de realidade virtual, será viciante e terá ainda mais acesso aos dados pessoais de seus usuários, além de fazer com que a empresa tenha novamente o controle on-line, já que tem perdido espaço.
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A ex-funcionária afirmou, que seu antigo chefe anunciou com urgência o metaverso por estar sofrendo pressão depois que ficou sabendo por ela dos grandes problemas que a empresa vem enfrentando.
Os documentos entregues por Haugen, e o seu testemunho chamaram a atenção de todo mundo por tornar público os danos que a plataforma de mídia social pode causar a todos que a utilizam. Legisladores e especialistas europeus que trabalham com a elaboração de regras para empresas de midias sociais estão analisando todos os documentos.
Meta, a empresa-mãe do Facebook, nega que esteja tentando se esquivar dos problemas que tem enfrentado empurrando no público o metaverso. “Isso não é verdade. Estamos trabalhando nisso há muito tempo internamente”, disse a empresa em nota.
O Metaverso
O CEO Mark Zuckerberg, descreve o novo projeto como um “ambiente virtual” no qual você pode entrar – em vez de apenas olhar em uma tela – e redirecionou o modelo de negócios do Facebook para ele, incluindo renomear a empresa Meta.
O Facebook, investirá cerca de US$ 50 milhões (R$ 268 milhões) para fazer parceria com as organizações, o objetivo é construir de forma responsável o chamado metaverso – um mundo digital onde as pessoas possam usar diferentes dispositivos para se mover e se comunicar em um ambiente virtual.
A rede social investirá pesado em realidade virtual e a realidade aumentada, desenvolvendo fones de ouvido Oculus VR e trabalhando em óculos AR e tecnologias de pulseira.
Eles querem trabalhar com pesquisadores em quatro áreas, incluindo privacidade e segurança de dados, para permitir que os usuários obtenham ajuda, caso vejam algo no metaverso que os deixem desconfortáveis. Ele também pesquisará de que forma pode projetar tecnologias que sejam inclusivas e acessíveis a todos os seus usuários, para que “incentivem a competição” na indústria nascente.
A ex-funcionária Haugen, critica a empresa por esquecer o mundo real
O lançamento da nova marca, chama bastante atenção, e segundo Haugen o novo foco no metaverso cria um conjunto de perigos para os seus usuários, pois além do fato desses ambientes imersivos serem extremamente viciantes, podem encorajar as pessoas a se desconectarem da realidade em que vivem.
A ex-funcionária disse ainda, que o metaverso exigirá que os seus usuários coloquem muitos sensores em suas casas e nos locais de trabalho, forçando-os a renunciar a privacidade e a proteção de seus dados.