O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta quarta-feira, 22, o projeto de lei que libera um crédito de R$ 300 milhões para o financiamento do programa vale-gás nacional, aprovado pelo governo federal no mês de novembro.
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De acordo com os ministérios da Economia e Cidadania, a expectativa é de que a medida ajude cerca de 5 milhões de famílias de baixa renda, que encontram dificuldade em manter as finanças e, consequentemente, comprar um botijão de gás de cozinha.
O programa prevê destinar uma quantia estimada em R$ 52, o equivalente a 50% do preço médio do gás de cozinha, a cada dois meses para pessoas com renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 550). Atualmente, o custo médio nacional do produto é de R$ 102.
Bolsonaro atribui inflação
O presidente Jair Bolsonaro vem atribuindo as subidas constantes no preço do gás de cozinha e dos combustíveis à inflação que, segundo ele, tem origem nas políticas adotadas por prefeitos e governadores.
Segundo ele, a incidência dos impostos estaduais sobre o preço do petróleo e as medidas restritivas para impedir a contaminação pelo coronavírus são os principais agentes dos aumentos no preços de itens considerados essenciais pela sociedade.
Por outro lado, de acordo com especialista, mesmo com a cobrança dos tributos e dos impactos da pandemia no dia a dia dos brasileiros, a alta no preço do gás de cozinha também deve ser atribuída à desvalorização do dólar frente ao real. O motivo está relacionado, sobretudo, à crise política marcada pela perspectiva de desajuste fiscal na qual o Brasil se encontra.