A Constituição Federal determina que o valor do salário mínimo deve ser reajustado anualmente, evitando que o trabalhador perca poder de compra em razão do aumento da inflação. Para 2022, é esperada uma correção dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.210,44.
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Esse valor leva em conta a previsão mais recente do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indexador que mede a inflação para famílias que ganham de um até cinco salários mínimos. A expectativa é que o índice feche o ano em 10,04%.
O reajuste anual passa valer a partir de janeiro, após a publicação de uma Medida Provisória com esse fim. No entanto, até o início do próximo ano, é possível que o Ministério da Economia divulgue um novo INPC, alterando o valor previsto até então.
Neste ano, o salário mínimo ficou abaixo da inflação, já que o reajuste foi feito com base na previsão de que o INPC acumulado seria de 5,22%. Embora o índice tenha fechado 2020 em 5,45%, o governo decidiu não repor os R$ 2 de diferença para os trabalhadores.
Histórico de reajustes
Caso seja confirmado o aumento de 10,04% no valor do piso nacional, ele será o maior desde 2016. Confira o histórico de reajustes feitos nos últimos anos:
Ano |
Reajuste (%) |
Salário mínimo |
2021 |
5,22% | R$ 1.100 |
2020 |
4,7% | R$ 1.045 |
2019 | 4,61% |
R$ 998 |
2018 | 1,81% |
R$ 954 |
2017 | 6,48% |
R$ 937 |
2016 | 11,6% |
R$ 880 |
Benefício do INSS e abono salarial
Sempre que há aumento no salário mínimo, também há correção em aposentadorias e pensões, seguro-desemprego, abono salarial e BPC (Benefício de Prestação Continuada). No próximo ano, o governo estima um aumento de R$ 39 bilhões nos gastos para custear esses benefícios.