O salário mínimo para o ano que vem deve subir dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.210,44. O reajuste vai de acordo com a projeção do governo diante da inflação acumulada ao longo deste ano.
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Ou seja, o reajuste não vai representar um aumento real do salário mínimo, já que em nada muda no poder de compra das famílias, por conta dos aumentos registrados nos preços dos produtos mais essenciais.
Estimativa do salário mínimo
O novo valor divulgado para o salário mínimo é acima da expectativa inicial do governo. Em agosto, o governo federal tinha estimado que o salário mínimo ficaria em R$ 1.169. A mudança se dá pela projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Assim, com o novo valor divulgada, essa já é a quarta projeção divulgada para o salário mínimo de 2022. Isso porque o INPC deve terminar o ano acima de 10%.
Da forma como já está, o novo salário mínimo vai ser o maior reajuste desde 2016. Apesar disso, as famílias têm pouco a comemorar. O maior vilão que tem puxado a inflação neste ano é o preço dos combustíveis.
Diante da estimativa do salário mínimo, o ganho não vai ser real. Ou seja, sem qualquer acréscimo que fará a diferença no orçamento das famílias. Com o reajuste no valor final do salário mínimo, os benefícios também vão ser reajustados.
Isso vale, por exemplo, para os valores pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que por lei não pode pagar menos que um salário mínimo. O abono salarial do PIS/Pasep também muda para quem recebe até dois salários mínimos.
Para o governo federal, o reajuste no salário mínimo é motivo de preocupação. Afinal de contas, o governo gasta mais. A previsão é de um gasto de R$ 315 milhões com o novo valor do salário mínimo.