A bandeira tarifária continua em escassez hídrica, mesmo depois de toda a chuva em vários locais do Brasil. Choveu bastante, só que não foi suficiente para encher os reservatórios. Dessa forma, prevendo novos períodos sem água, a bandeira tarifária vai continuar em escassez. Logo, a energia deve ficar ainda mais cara em 2022.
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Se não bastasse isso, o Governo Federal publicou no Diário Oficial um decreto que permite que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) defina empréstimos para as distribuidoras de energia no Brasil.
Conta de luz mais cara
A medida, segundo o Governo, é para amenizar as perdas com a falta de chuvas ao longo de 2021. Com esse empréstimo, o impacto maior será para os consumidores de energia.
Pela estimativa apresentada até agora, os empréstimos devem chegar a R$ 6 bilhões. Inicialmente, a previsão era de R$ 15 bilhões. A redução foi possível graças às chuvas no final de dezembro e começo de janeiro em boa parte do Brasil, reduzindo os prejuízos das distribuidoras.
De acordo com o decreto do governo, o empréstimo vai ser liberado por conta dos gastos adicionais das distribuidoras, que precisaram comprar energia das termelétricas.
Ainda pela justificativa do decreto, mesmo com a bandeira tarifária de escassez hídrica, não foi o bastante para arcar com esses custos adicionais de produção de energia.
Tal empréstimo será feito por meio das instituições financeiras. Sendo que caberá à Aneel fazer todo o cálculo de custos para a produção de energia, além de definir os valores que serão liberados para as distribuidoras.
A previsão é de que o empréstimo comece a ser liberado para as distribuidoras já no mês de março. Com isso, a previsão é de que pese mais no bolso dos consumidores finais, com a conta de energia ainda mais cara. Não só em 2022, como também nos anos seguintes, segundo as estimativas iniciais.