Os preços dos combustíveis ainda geram incerteza em muitos motoristas. Em 2021, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), houve uma alta de 58% no valor do etanol, de 46% para a gasolina e de 45% para o diesel.
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Com isso, a expectativa é saber como ficarão as quantias nas bombas no decorrer deste ano. Hoje em dia, existem alguns pontos importantes que devem ser levados em conta na hora de entender a formação de preço dos combustíveis no Brasil.
Variáveis que impactam no preço dos combustíveis
Um deles é o dólar, que deve passar por uma grande volatilidade este ano, sobretudo por causa da grande tensão eleitoral. Especialistas e técnicos da área financeira indicam que a moeda deve manter sua cotação acima dos R$ 5,50 ao longo de 2022, com uma estimativa média de até R$ 5,80.
Já o Boletim Focus do Banco do Central, que reúne projeções feitas por mais de cem instituições e consultorias da área econômica, acredita que o dólar deve encerrar o ano na faixa dos R$ 5,55.
Outro fator decisivo para o aumento nos preços dos combustíveis é a inflação que, apesar da previsão de queda este ano, não deve ficar abaixo dos 5,3% previstos no documento do governo. O valor de comercialização do barril de petróleo diante do mercado internacional também irá influenciar pontualmente o preço dos combustíveis.
Caso a economia mundial apresente sinais de recuperação com a redução da intensidade da pandemia, a expectativa é de que o preço do petróleo no mercado internacional se estabilize, com chances de ser menos volátil ao longo dos meses. A oferta de mais barris pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) contribuirão para esse retorno positivo.
Mas, afinal, qual será a situação dos combustíveis em 2022?
Apesar do cenário de instabilidade vindo com o ano eleitoral, outras questões envolvendo a diminuição da inflação e a retomada gradativa no petróleo diante do mercado internacional são considerados fatores que podem contribuir pra uma redução acentuada nos preços dos combustíveis.
Por outro lado, a desvalorização do real frente ao dólar pode ser o grande vilão dos preços encontrados nas bombas. O cenário de instabilidade pode elevar a gasolina para valores próximos a R$ 7 e R$ 8, como já vivenciado por muitos brasileiros no decorrer de 2021.