O Ministério da Cidadania autorizou o pagamento de uma nova parcela do auxílio emergencial com valor mínimo de R$ 600. O dinheiro é destinado a cerca de 823,4 mil pais chefes de famílias monoparentais que não receberam o benefício em dobro em 2020.
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Quando o programa foi criado, as mães solo tiveram direito aos pagamentos dobrados, ou seja, duas parcelas que totalizaram R$ 1.200 por mês. Por decisão do presidente Jair Bolsonaro, os homens na mesma situação receberam apenas uma cota.
Agora, após a derrubada do veto presidencial, a Caixa Econômica Federal está pagando os valores retroativos para esses pais. Cada um deles recebeu uma quantia que varia de R$ 600 até R$ 3 mil, de acordo com a data de sua entrada no programa.
Isso significa que quem foi aprovado no primeiro mês de auxílio emergencial terá direito a todas as parcelas retroativas, enquanto quem entrou no quinto terá direito a apenas uma. Segundo a pasta da Cidadania, o dinheiro já foi depositado na conta poupança digital do Caixa Tem de todos os beneficiários.
Retroativo de 2021
Os valores em questão são referentes às cinco primeiras parcelas do benefício, que compreendem os meses de abril a agosto de 2020. Os demais períodos em que o auxílio foi pago em dobro não devem gerar retroativos, inclusive os repasses de 2021.
O programa chegou ao fim em outubro do ano passado e não tem previsão de retorno. Essa parcela retroativa é um direito dos pais solteiros garantido após a derrubada do veto pelo Congresso Nacional, mas não significa que haverá prorrogação do programa.
Em suas redes sociais, o ministro da Cidadania, João Roma, confirmou que não existe nenhuma perspectiva atual sobre novas rodadas do auxílio emergencial, a despeito do novo aumento no número de casos de coronavírus no país.