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Conflito: Por que a Rússia invadiu a Ucrânia?

Clima de tensão entre os dois países atinge o seu ápice, o que pode gerar consequências catastróficas. Entenda o motivo dessa disputa.



O presidente russo Vladimir Putin ordenou uma ação militar da Rússia no leste Ucrânia nesta quinta-feira, 24. Em seu discurso, o mandatário fez ameaças e declarou que quem tentar interferir sofrerá fortes retaliações. Em várias cidades do país, sons de sirenes e explosões já foram identificados.

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Informações divulgadas pela CNN Brasil mostram que pelo menos 50 pessoas morreram neste início de conflito. O clima de tensão entre os dois países atinge o seu ápice, o que pode gerar consequências catastróficas, segundo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Em sua fala, Putin disse que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia” e orientou que os soldados ucranianos largassem as armas e retornassem para suas casas. Além disso, o líder russo declarou ainda que não irá tolerar nenhum tipo de interferência estrangeira.

Por que a Rússia invadiu a Ucrânia?

Em razão do clima de tensão entre os dois países, muitas pessoas ficaram com dúvida sobre o porquê de a Rússia querer invadir a Ucrânia. Para entender melhor esse conflito, é preciso voltar um pouco na história.

Em 1991, a Ucrânia se tornou independente após a dissolução da União Soviética. A partir daí, o país demonstrou interesse em fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), formada por 30 países que se ajudam mutuamente no âmbito militar e político.

No entanto, enquanto a Otan ia ganhando força, a Rússia perdia aos poucos o domínio na região. No ano de 2004, a Otan inclui a Estônia, Letônia e a Lituânia – ex-repúblicas soviéticas no Mar Báltico – e pretendia adicionar a Ucrânia quatro anos depois.

Diante desse cenário geopolítico, o presidente russo, Putin, declarou que a participação da Ucrânia na Otan era um “ato hostil” e representava uma ameaça existencial à Rússia. Desde o episódio, o líder russo passou a afirmar que a Ucrânia também é parte da Rússia.

No entanto, enquanto uma parte da população do leste da Ucrânia, que está mais próxima da Rússia, aceita essa declaração, aqueles mais distantes, na parte mais próxima da Europa Central, buscam a separação total entre os países.

Tensão já dura há anos

A tensão que se presencia hoje é apenas uma continuação de um conflito que teve início no ano de 2014, quando Moscou decidiu ocupar a Crimeia. Na ocasião, inúmeros protestos derrubaram o presidente ucraniano aliado da capital russa, Viktor Yanukovych. Depois disso, a Rússia então invadiu e anexou a Crimeia ao seu território.

No ano de 2015, um cessar-fogo foi assinado na tentativa de acabar com as disputas. Porém, as linhas de frente de ambos os país continuaram posicionadas para a guerra. Segundo o governo da Ucrânia, cerca de 1,5 milhão de famílias ficaram desabrigadas e 14 mil pessoas morreram em razão do conflito.

A retomada da disputa veio no fim do ano passado, quando o presidente Vladimir Putin solicitou diversas exigências à Otan. A partir desse momento, a fagulha que estava adormecida voltou à tona, tornando a relação entre os países cada vez mais instável.




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