O que acontece com quem deixa de pagar um empréstimo com garantia de celular?

Modalidade de crédito cada vez mais popular no mercado aceita smartphones como garantia de pagamento da dívida.



Os empréstimos com garantia são uma maneira fácil de conseguir crédito rápido quando o consumidor mais precisa. Nos últimos meses, mais opções de bens começaram a ser aceitos nesse tipo de transação, a exemplo dos smartphones.

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Atualmente é comum ver alguém que precisa de dinheiro oferendo o próprio celular como garantia de pagamento da dívida. Mas o que será que acontece quando ele deixa de arcar com as parcelas?

O banco bloqueia o aparelho em caso de atraso, voltando a desbloquear somente quando a parcela é quitada. A medida é polêmica, já que vai contra a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Marco Civil da Internet, as autorizações da Anatel e do Banco Central, além de ferir os direitos do consumidor.

Como funciona esse bloqueio?

Quando assina o contrato para pegar o empréstimo, o cliente precisa baixar um aplicativo de bloqueio remoto no seu celular. Por meio dessa ferramenta, a empresa consegue impedir o uso do dispositivo em caso de inadimplência.

Durante o bloqueio, só é possível realizar chamadas de emergência. O desbloqueio só é realizado quando o pagamento cai, também de forma remota.

Polêmica

A estratégia levou a 1ª Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) a abrir um inquérito contra a Serasa e o Banco SuperSim. A promotoria alega que o cidadão fica impossibilitado de se comunicar, o que contraria o Marco Civil da Internet, a liberdade de expressão e o direito à propriedade.

As duas empresas receberam um prazo de até dez dias para apresentar o contrato-padrão do empréstimo com garantia e a autorização da Anatel para o bloqueio dos aparelhos. O MP do Distrito Federal também quer saber quantos contratos foram firmados desde que a modalidade foi lançada.




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