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Após alta da gasolina, preço do gás encanado deve subir 60% até agosto

Manutenção do barril de petróleo na faixa dos US$ 100 pode provocar reajustes de até 60% no preço do gás encanado.



Os brasileiros devem ter mais um impacto no bolso caso o barril de petróleo se mantenha na faixa dos US$ 100. De acordo com as previsões divulgadas pela consultoria ARM, o preço do gás encanado pode ter aumento de 60% até agosto se o cenário se mantiver inalterado.

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A projeção revela que a alta deve ocorrer de forma gradativa, uma vez que os contratos de reajustes são trimestrais. Em maio, quando ocorre o próximo, o item deve subir 20%, e acumular elevação de 35% no ano.

Mas se Petrobras conseguir derrubar as liminares que proíbem a aplicação de reajustes na casa dos 50% na renovação dos contratos de fornecimento de gás para as distribuidoras, as altas podem superar os 100%. Os documentos foram obtidos pelos estados de Alagoas, Espírito Santo, Sergipe, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

As concessionários ainda têm direito a corrigir seus preços para repor as perdas geradas pela inflação. O movimento de alta no gás encanado terá impacto nos preços do GNV.

Todo mundo paga mais

Além dos consumidores residenciais, indústria e comércio também estão gastando mais com o produto, diz Bruno Armbrust, da ARM Consultoria. “E tudo isso vai ser repassado pelas empresas que usam gás em seus processos fabris, o que vai se refletir na inflação”, antecipa.

O analista acredita que o quadro só não é pior por conta do volume de chuvas, que aumentou o nível dos reservatórios do país. Nesta situação, a necessidade de importar gás em estado líquido (GNL) costuma ficar menor.

“O Brasil precisa aumentar os investimentos para ter mais infraestrutura de escoamento de gás”, diz Armbrust.

Disparada de 250%

Se a expectativa de alta de 86% acumulada neste ano for confirmada, a dispara nos preços desde 2021 chegará a 250%. Os dados são da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).

“Os preços elevados do gás vão prejudicar o orçamento de consumidores e da indústria, que vão perder competitividade”, prevê Paulo Pedrosa, presidente da Abrace.




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