Aumento temporário do Auxílio Brasil é discutido pela equipe da Economia

Time do ministro Paulo Guedes propõe o pagamento de um subsídio extra aos beneficiários para custear a gasolina.



O Ministério da Economia quer pagar um abono temporário para beneficiários do Auxílio Brasil. A proposta é uma alternativa ao corte de tributos para criação de subsídio para a gasolina, mas a maior parte dos membros do governo ainda não está convencida.

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Após o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia no valor do petróleo, o presidente Jair Bolsonaro busca uma forma de conter a disparada dos preços dos combustíveis no Brasil. Uma das possibilidades é zerar o PIS/Cofins da gasolina, o que já foi feito com o diesel, biodiesel e gás de cozinha.

Mas o ministro Paulo Guedes acredita que tal medida só deve ser adotada caso a cotação internacional do petróleo continue subindo. Embora tenha apresentado uma forte alta no início do confronto, o preço do barril registrou queda dos últimos dias.

Guedes também avalia que os subsídios atenderão à população de renda mais alta, por isso defende que o foco do governo seja o diesel. O combustível é usado por caminhoneiros e pelo transporte público. Neste sentido, o projeto que prevê mudanças no ICMS deve ter resultados positivos.

O impasse levou o time da Economia a considerar um aumento temporário do Auxílio Brasil. O plano é liberar um valor extra para que os mais pobres possam lidar com a alta dos combustíveis, que deve encarecer o frete e refletir nos preços dos alimentos.

Desacordo

Embora a proposta custe menos aos cofres públicos do que um corte de tributos ou um subsídio, não há consenso sobre ela. Possivelmente, o aumento do benefício só deve entrar em pauta se as cotações do petróleo ultrapassarem os valores vistos nas últimas semanas.

Além disso, o bônus no Auxílio Brasil dependeria da declaração de estado de calamidade pública, regra que permite que o governo aumente seus gastos para além do teto estabelecido.

Os que são contra a proposta afirmam que os beneficiários do programa não são os brasileiros que mais estão sofrendo com o aumento dos combustíveis, já que não costumam ter veículos para abastecer. Enquanto isso, a maioria continua defendendo subsídios ou o corte de tributos.




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