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Brasileira arremata casa por 1 euro na Itália; saiba como realizar o sonho

Casa por 1 euro? Isso existe! Casa na Itália é arrematada em edital por 1 euro por arquiteta brasileira. Confira os detalhes a seguir.



Muita gente já ouviu falar que na Itália é possível comprar casas por 1 euro cada, porém pouca gente realmente acredita que isso possa ser, de fato, verdade. Então a arquiteta brasileira Paula Magalhães, 35 anos, mostrou que isso é muito possível.

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O edital no qual Paula se inscreveu havia sido criado com a intenção de atrair moradores para um vilarejo em Calábria, ao sul da Itália, que com o passar dos anos foi perdendo sua população local, conforme a migração dos jovens para os grandes centros. Com isso, a partir do final dos anos 1900, as casas do local foram sendo abandonadas, fazendo com que o governo criasse uma forma de atrair novos moradores para o local.

Mas não é só na Itália que existem esses editais. Países como França, Croácia e Espanha também possuem seus próprios editais como forma de aumentar a quantidade de moradores de regiões, até então consideradas “fantasmas”.

Oportunidades e cidadania italiana atraíram brasileira até a cidade

Descendente de italianos, Paula acabou indo parar na Itália meio que por acaso. Na ocasião ela era moradora de Barcelona, na Espanha, porém não estava conseguindo encontrar boas oportunidades profissionais por lá, conforme ela relatou: “Eu vim para a Itália meio por acaso. Estava morando em Barcelona em busca de oportunidades profissionais, mas, sendo estrangeira, existem poucas ofertas realmente boas. Um amigo estava na Itália e eu decidi vir, já que minha casa no Brasil estava alugada”.

A oportunidade de morar na Itália se mostrou a ocasião perfeita para que Paula desse entrada na documentação para emitir a cidadania italiana, pois tendo o documento ela poderia ficar no país de forma definitiva, além de que isso iria abrir mais portas para ela profissionalmente.

Porém, para conseguir sua cidadania, ela precisaria morar na cidade Isola del Liri, onde seus antepassados viveram, por, pelo menos, 3 meses, no entanto, aconteceu que então estourou a pandemia de COVID-19.

“A minha irmã veio para cá e passaríamos por isso juntas, mas uma semana depois a pandemia de covid-19 começou e a Itália era o epicentro da doença no mundo”, contou Paula.

Após a pandemia amenizada e a cidadania italiana em mãos, Paula encontrou uma casa histórica, um pouco deteriorada, que estava aceitando moradores, caso eles reformassem o local. 

Ela conta o seguinte: “Eu encontrei essa casa completamente abandonada, e ao invés de focar na bagunça, no que havia de errado, eu vi que ela tinha um arco muito bonito, e não conseguia ver nada de feio. Só imaginava ela toda linda e estruturada.”, “Minha irmã e meus colegas só viam um lugar cheio de entulhos e fedido… eu via um arco lindo em cima da lareira e visualizei um local pronto para se tornar habitável. Aí entendi que eu era destemida e que conseguia transformar aquele entulho em casa. Topei na hora”.

O edital exigia o cumprimento de alguns critérios, como o fato de que o morador deveria manter a história do local, sem alterações externas que a fizesse perder suas referências, apresentar um projeto para a casa, ter a intenção de fazer da casa, uma moradia fixa, e por último, o candidato deveria comprovar ter dinheiro suficiente para cobrir a reforma da casa.

“Todo mundo que eu contava sobre isso falava que era impossível eu conseguir, que era furada e, que se fosse verdade, era muito difícil. Mas a arquitetura é a minha paixão e transformação é o que eu sei fazer. Encarei com tudo”, ela contou.

Paula então conseguiu atender a todos os critérios e apresentou um projeto com referências brasileiras, agregando cores vivas, plantas, obras de arte de colegas pantaneiros, além de móveis modernos para contrastar com a fachada rústica e histórica da casa.

“Essa casa não é só uma casa, é a possibilidade de unir o meu trabalho com um local em que eu tenha vontade de voltar depois de um dia de trabalho. É onde eu vou estar bem acomodada se outra pandemia vier, pois será o meu aconchego, meu pedacinho de Brasil na Itália, preservando as minhas origens. A verdadeira Casa Tropicale”, finalizou, Paula.

A brasileira agora aguarda para pegar as chaves da casa e a perspectiva é de que, em até dois anos, a reforma esteja finalizada e ela possa, finalmente, realizar seu sonho.




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