Uma decisão inédita proposta pela Noruega tem gerado grande repercussão no país. Recentemente, o tribunal de Oslo proibiu a criação de duas raças de cachorro em território nacional: buldogue inglês e do Cavalier King Charles Spaniel. Entenda o porquê a seguir!
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De acordo com o julgamento, a proibição se dá em razão do sofrimento que cães dessa raça vivenciam por causa das suas peculiaridades físicas, como focinho muito achatado e crânio pequeno.
Para o tribunal, essas características são consideradas incompatíveis com a lei de proteção dos animais. Isso porque ambas as raças desenvolveram doenças hereditárias à força de endogamia e consanguinidade – método de acasalamento que consiste na união de seres aparentados e geneticamente semelhantes.
Raças sofrem por causa de características genéticas
No caso do buldogue, por exemplo, é comum identificar no animal a dificuldade em respirar por causa do focinho achatado, além de problemas ortopédicos, reprodutivos e dermatológicos.
Outro fator está na incapacidade genética da raça em parir naturalmente. Para se ter uma ideia, mais da metade de cães dessa raça nascidos no últimos dez anos na Noruega vieram de cesáreas.
“A incapacidade genética da raça para parir naturalmente é uma das razões pelas quais o buldogue não pode mais ser usado para reprodução”, afirmam os juízes como justificativa para decisão.
Em relação ao Cavalier King Charles Spaniel, sua constituição física é suscestível ao desenvolvimento de doenças relacionadas ao crânio muito pequeno, como dores de cabeça, problemas oftalmológicos e insuficiência cardíaca. Essa insuficiência da diversidade genética pode levar as raças à extinção.
Apesar do veredicto ter sido divulgado no dia 31 de janeiro, ele ainda não tem força de lei, pois houve recurso.