O Brasil está em risco de enfrentar desabastecimento de combustíveis para suprir seus veículos e máquinas. Especialistas analisam as manobras de tentativa para frear a inflação dos produtos energéticos no país. Em outras palavras, o preço alto da gasolina não é a maior preocupação gerada pela invasão russa na Ucrânia.
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A guerra que ocorre no leste europeu acende alerta em todos os países do mundo para episódios de crise econômica. As sanções que os Estados Unidos aplicaram ao petróleo Russo afetarão todo o planeta, inclusive o Brasil.
Defasagem de preço dos combustíveis chega a 40% no Brasil
Os preços dos combustíveis no Brasil não sofrem reajustes há 55 dias, conforme aponta a Petrobras. Mais do que isso, a estatal disse que o preço interno está quase 40% menor do que o valor real aplicado pelo mercado. Isso vale para o diesel e para a gasolina.
De acordo com matéria publicada pelo G1, os estoques da Petrobras estão se esgotando. Aliás, mesmo que a produção nacional seja grande, a verdade é que 30% do consumo interno depende de importações de óleo pelo país. Esta é a parte de todo o combustível que depende diretamente do preço internacional.
Sem freios, gasolina poderia custar R$ 15
A mesma reportagem cita que, por conta da defasagem, o preço da gasolina já poderia estar próximo dos R$ 15 por litro. Neste sentido, uma das soluções viáveis está na amortização dos valores por meio de subsídios públicos. O problema é que isso já vem acontecendo, mas deve ser intensificado nos próximos dias.
Com ênfase em ano eleitoral, o preço dos combustíveis deve ser controlado a todo custo pelo governo. A especulação é de que sejam utilizados mais de 23 bilhões de reais para conter a alta irreversível do petróleo. Afinal, a estimativa é a de que o barril possa atingir a marca histórica de US$ 150. Vale salientar que mesmo com medidas protetivas, a inflação deve ser inevitável nos postos de gasolina.
