O conflito entre Rússia e Ucrânia pode impactar diretamente no preços dos alimentos no Brasil. De acordo com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, o agravamento da situação dependerá, principalmente, do tempo de duração da guerra.
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“Isso tudo [referente à alta dos alimentos] depende. Se a guerra acabar hoje ou amanhã, é um impacto [subida menor de preço]. Se continuar por mais tempo, é outro”, declarou a ministra.
Um exemplo é o trigo, que já aumentou porque a Ucrânia é uma das maiores produtoras mundiais do grão. Outros commodities que também sofrerão variações de preços são o milho e a soja, cujos principais produtores são os países em guerra.
Vale destacar que o fornecimento de fertilizantes, produto agrícola bastante usado no cultivo, também pode ficar comprometido com a duração da disputa entre a Rússia e a Ucrânia. Nesse caso, em específico, a ministra declarou haver estocagem suficiente para suprir a necessidade da demanda até outubro.
Medidas paliativas
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no caso da falta de insumos para o setor agrícola, pode acionar algumas medidas para evitar uma crise no setor.
A primeira delas seria a aquisição de produtos de outros parceiros, como o Catar, a Arábia Saudita e o Chile. Já a segunda alternativa envolve um trabalho com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para tentar diminuir o uso do material.
“Existe uma série de tecnologias, menos fertilizantes, tudo isso vai ser colocado, temos que ter calma, equilíbrio, a agricultura brasileira é forte, vai continuar forte, mas temos que dar alternativas e condições para continuar trabalhando”, completou a ministra.
