O governo federal reajusta o valor do salário mínimo nacional todos os anos com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No início deste ano, ele passou de R$ 1.100 para R$ 1.212, e já existe uma nova previsão de aumento para 2023.
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A Secretaria de Política do Ministério da Economia elevou a 6,7% sua expectativa do INPC para 2022, o que significa que a inflação deve fechar o ano ainda mais alta do que o esperado até então. Se isso se confirmar, o salário mínimo pode chegar a R$ 1.293 no próximo ano.
Por lei, a correção no valor do piso nacional tem como objetivo evitar perda no poder de compra do trabalhador. Exatamente por esse motivo, ela é calculada com base no INCP, que é o principal medidor da inflação no país.
Essa estimativa ainda deve mudar bastante até o fim do ano, uma vez que os preços dos produtos tendem a continuar subindo e pressionando a inflação. Sendo assim, o valor do salário mínimo de 2023 ainda passará por muitas alterações até que seja enfim definido.
Mais de 50 milhões de brasileiros recebem o piso nacional atualmente, de acordo com dados do Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Cerca de 24 milhões são aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o mínimo não tem ganho real. Ele apenas é reajustado para repor as perdas com a inflação, o que significa que ele não aumenta de fato.
Benefícios previdenciários
A mudança no valor do piso nacional também impacta os benefícios pagos pelo INSS, como o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Esses pagamentos têm seus valores baseados no salário mínimo, por isso também devem ser corrigidos anualmente.
Outro benefício que sofre correção todos os anos é o abono salarial PIS/Pasep. Cada trabalhador que tem direito a ele recebe até um salário mínimo, sendo 1/12 por mês trabalhado no ano-base.