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Selic a 11,75%: Ainda vale a pena investir na poupança?

Aumento da taxa básica de juros valoriza opções de investimento em renda fixa, como a caderneta de poupança.



O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou o aumento da Selic a 11,75%, nível mais alto em cinco anos. O movimento reforça as opções de investimento em renda fixa e eleva a necessidade de uma análise mais profunda para escolher onde aplicar seu dinheiro.

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A escolha deve considerar o perfil de risco do investidor e o prazo de resgate dos recursos. A avaliação é ainda mais importante em meio a um cenário de inflação elevada e guerra entre Rússia e Ucrânia.

Atualmente existem outros tipos de investimentos mais vantajosos que a poupança, como os títulos de renda fixa pós-fixados, prefixados e indexados à inflação. Os pós-fixados atendem bem quem quer correr menos riscos, enquanto os outros dois são para os mais arrojados.

No campo dos fundos de renda fixa DI, não é difícil encontrar alternativas com rendimento acima do da poupança, em especial naqueles com taxas de administração de até 2% ao ano.

Também vale lembrar que mesmo com os juros subindo, a renda variável continua tendo boas opções. Quem quer evitar volatilidade consegue encontrar boas oportunidades nos papeis de setores como o elétrico e o de papel e celulose, mais tradicionais e defensivos.

Onde devo investir meu dinheiro?

Os perfis mais conservadores podem aproveitar o momento para apostar em pós-fixados, como o Tesouro Selic, aconselha a analista de renda fixa da XP, Camilla Dolle.

O ideal é ir reduzindo o percentual alocado em pós à medida que o a aceitação de risco aumenta, voltando suas fichas para os indexados à inflação, que têm taxas acrescidas da variação da inflação.

“Os ativos indexados à inflação, quando mantemos até o vencimento, temos essa proteção. Olhando para o prazo médio de cinco anos, achamos que pode ser uma boa alternativa”, explica Dolle.

Já os prefixados pagam taxas de juros informadas no momento da aplicação, e também podem ser uma boa alternativa, apesar de exigirem mais cautela em meio ao ciclo de alta nos juros.

“Você perde a oportunidade de estar em um papel mais rentável se a taxa de juros subir mais do que se esse papel que você contratou”, diz a especialista em finanças e professora da IAG (Escola de Negócios da PUC), Graziela Fortunato.

Por outro lado, o investidor pode perder dinheiro se abandonar o papel antes do vencimento. “Tal como você está querendo se desfazer, porque está vendo outras oportunidades mais rentáveis, o mercado também percebe isso e ele te dá um desconto pelo que você pagou pelo papel”, alerta.

Dolle afirma que o momento é de atenção redobrada aos prazos de alocação. “Toda vez que falamos em um contexto incerto como esse, o ideal é não alongar muito o prazo da carteira. Quanto maior o prazo do ativo, mas ele é sensível a essas oscilações do mercado. E como estamos em um momento incerto, a oscilação é maior”, completa.




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