Desde o início da fase de consulta ao saldo e resgate do dinheiro esquecido do Banco Central (BC), muita gente descobriu – cerca de 40% dos brasileiros – que tinha para receber valores abaixo de R$ 1. A notícia gerou revolta e insatisfação, principalmente por quem esperava sacar uma boa quantia em dinheiro.
Leia mais: Repescagem: passo a passo para sacar dinheiro esquecido em banco
Por outro lado, houve quem recebeu altas cifras pelo Sistema Valores a Receber (SVR). Segundo o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Maurício Moura, um correntista resgatou nada menos que R$ 1,65 milhão esquecido em cotas de consórcio.
“Essa pessoa não sabia que tinha R$ 1,65 milhão em nome dela no sistema financeiro e, graças ao sistema Valores a Receber, recuperou esse dinheiro. Imagino que ela tenha ficado bastante feliz”, disse o diretor do BC. O montante, vale destacar, foi até agora a maior quantia sacada por quem tinha dinheiro esquecido de bancos e instituições financeiras.
Repescagem de saque do dinheiro
Na última segunda-feira, 28, o BC deu início à repescagem da primeira fase de saques do dinheiro esquecido. Agora, os cidadãos que perderam os prazos do calendário anterior poderão realizar novamente o procedimento.
A diferença é que a pessoa poderá agendar o saque a qualquer hora na data informada, sem precisar aguardar turnos ou horários específicos repassados pelo sistema – como acontecia antes. Confira abaixo as novas datas recém-anunciadas:
Dados do BC mostram que cerca de 114 milhões de pessoas e 2,7 milhões de empresas já acessaram o sistema de consulta dos valores a receber. Desse quantitativo, 25,9 milhões de pessoas físicas e 253 mil empresas descobriram que possuem dinheiro esquecido.
Aqueles que consultaram, mas não apresentaram saldo disponível, poderão realizar uma nova consulta a partir do dia 2 de maio, no que será a abertura da segunda fase do procedimento em 2022.