Servidores do Banco Central (BC) avaliam uma paralisação total a partir desta sexta-feira, 1º de abril. O movimento dos trabalhadores, em greve parcial desde o dia 17 de março por questões de melhorias salariais, pode gerar consequências no mercado financeiro, como a paralisação dos sistemas do PIX.
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Atualmente, os servidores do BC estão deixando seus postos apenas em momentos específicos, das 14h às 18h. O intuito das paralisações é pedir que o governo federal adote uma política de reajuste salarial aos servidores do órgão similar ao que foi anunciado por Bolsonaro aos policiais.
Consequências da greve dos servidores do BC
Desde o início das paralisações parciais, alguns serviços sob responsabilidade do BC começaram a sofrer atrasos. Dentre eles o boletim Focus, que traz as percepções do mercado sobre a economia brasileira.
Além disso, também sofrem os impactos da greve parcial as estatísticas mensais previstas para essa semana, a exemplo: relatórios de contas externas, contas públicas e do mercado de crédito. Todos esses documentos devem atrasar em relação ao cronograma inicial.
PIX pode ser afetado com greve dos servidores
O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, em entrevista ao portal O Tempo, declarou que o comprometimento dos servidores com a greve também pode prejudicar o funcionamento do novo sistema de pagamentos do órgão, o PIX.
Para Faiad, as transferências instantâneas de dinheiro sofrerão os impactos da paralisação, bem como o monitoramento do sistema contra hackers: ele será interrompido, permitindo que o PIX fique sujeito à invasões.
Desde essa segunda, 28, funcionários em cargos de comissões, que atuam nas áreas de assessoramento e gerência, estão entregando os postos. Ao todo, mais de 300 cargos foram renunciados e a previsão é que outras centenas deles sejam entregues daqui a alguns dias.